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sexta-feira, 28 de maio de 2010

ESPIRITUALIDADE (1)

albanosousanogueira@sapo.pt
http://operfumededeus.blogspot.com


Uma dimensão muito importante da vida humana é a espiritualidade, a ligação ao divino, ao transcendente, a fé e a prática religiosa.
Esta é uma “sala” que tantos homens e mulheres nunca usam.
Talvez seja a mais bela “sala” da nossa vida e que tantos e tantos, desgraçadamente, nunca usam e vivem com uma riqueza dentro de si que nunca beneficiam.
Vivem sem interioridade, sem fé, sem dimensão religiosa.
Deus é uma realidade essencial para dar sentido à vida humana na sua totalidade: à vida corporal, à vida intelectual, à vida afectiva, à vida pessoal, familiar, comunitária, nacional, internacional;
e a dar sentido à morte.
A fé em Deus é fonte de vida abundante, fonte de esperança, fonte de amor. E faltando Deus, falta essa vida mais abundante,
falta esperança, falta AMOR.
A oração é uma dimensão fundamental
que ilumina e dá sentido à vida e à morte.
Mas a oração não pode ser feita por obrigação.
A oração tem de ser feita por necessidade:
eu preciso de Deus, eu preciso de rezar.
Eu preciso de acreditar e acreditar bem, de forma correcta.
Não seguir crendices, superstições, magias,
feitiçarias, horóscopos, videntes, bruxarias.
Tudo isso é fantasia, ilusões, mentiras.
Acreditar no Deus vivo e verdadeiro
revelado por Jesus Cristo
e transmitido de geração em geração pela Igreja Católica,
fundada por Jesus Cristo.
Entrar no quarto, numa sala, numa igreja
e ter esse encontro pessoal e individual com Deus Pai,
com Jesus Cristo e sentir-se amado por Deus.

E quem é Deus?
Eis a grande pergunta que se põe a todos os homens:
Quem é Deus?
A resposta a esta pergunta será a grande resposta.
Pedimos a colaboração da inteligência humana:
sábios e sábios pensaram em Deus.
Pedimos a colaboração da Revelação e da Fé.
E respondemos à grande pergunta:
Deus é o Princípio e o Fim de tudo. E alfa e ómega.
Deus é o Imutável e o Eterno. É Aquele que é.
Em Deus, há toda a perfeição e não precisa de mais perfeição.
Deus é a Santidade, a Bondade, a Justiça, a Beleza, o Amor.
Deus é VIVO e possui Vida em si.
Deus é o Criador e Senhor do Universo.
Tudo quanto existe, existe por Ele e por Ele continua a existir.
Sem Deus, tudo desapareceria.
Deus é o insondável, o Mistério (ninguém, enquanto simples homem existente na Terra, O viu a não ser Jesus).
Jesus é a revelação de Deus.
Jesus ensinou-nos a chamar a Deus Pai.
Deus é a Verdade para a inteligência,
mas a Verdade que se aceita enquanto se vive.
Deus dá um sentido diferente à vida do Homem.
Deus é Amor.
Anda interessado com a humanidade,
quer o bem da humanidade, chama a todo para Si.
Podemos pensar no que é belo, santo, justo e bom...
Deus é mais que isso.
Deus não se pode esculpir, nem pintar ou desenhar.
Deus é Espírito.
Mas cada um possui dentro de a imagem de Deus.
Por isso, quando falamos de Deus, sabemos de quem falamos.
Lentamente, Deus se nos irá revelando já na Terra.
Vê-Lo-emos face face no Céu.

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QUANTO MAIS INTERIORIDADE,
MAIS PESSOA SOMOS.
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Pe. Albano Nogueira
(continua)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

4- A MARAVILHA CHAMADA CORPO

(P. Zezinho, Se eu pudesse falar aos jovens, ed Paulistas)

O corpo humano é importante e maravilhoso e pode ser estudado pela biologia, física, química, psicologia, filosofia, antropologia, teologia, etc…
O corpo é uma parte importante de ti. Não se deve sobre valorizar, nem desvalorizar, mas aceitá-lo na justa medida.
Se lhe pedes excessos aceitará, por alguns dias, semanas ou meses. Depois começará reagir, a cobrar impostos e juros que podem ser bem altos se os abusos forem muitos.
Bebidas alcoólicas, drogas, tabaco, noites em claro, sexo desregrado, abuso na alimentação, esforço excessivo, comodidades demasiadas, preguiça, tudo isso, mais tarde ou mais cedo exige equilíbrios.
Se não tiveres juízo, acabarás por desrespeitar o teu corpo e com isso correrás o risco de sofrer muito por causa dele.
O corpo não pode ser visto como um objecto, porque está relacionado com o espírito que o deve governar; mas também não deve ser tratado como um deus porque é carnal e terreno.
Quando tu, menina, transformas o teu corpo em objecto ou aceitas o jogo da moda ou da época, o teu corpo pode tirar-te a beleza interior. Muitas pensam que o corpo (beleza exterior) é suficiente para vencer na vida, mas essas depressa ficam sozinhas porque os homens não querem viver muito tempo com uma mulher que só tivesse um corpo para oferecer…
O teu corpo é um óptimo servidor e um péssimo patrão. Se o valorizares demais, depressa te sentirás desvalorizado; se o desprezares, acabarás por te sentires aniquilado em pouco tempo.
RESPEITA O TEU CORPO E SERÁS GENTE.
O erro de muita gente é pensar que o Homem é apenas um corpo.
O valor da pessoa não está na aparência física…
Há jovens (e adultos) insatisfeitos com o seu corpo: pensam que não são bonitos, que são muito gordos ou muito magros; ou que têm algum defeito físico; pensam e vivem segundo os critérios mundanos e os padrões artificiais de beleza criados pela sociedade e pelas modas… Gente assim nunca vai ser feliz na sua profundidade.
Em vez disso, os jovens, e adultos, deviam era valorizar o seu interior: amor, bondade, amizade, compreensão, ternura, perdão, diálogo, serviço, dedicação, fidelidade, humildade.
A felicidade não está tanto no corpo físico exterior, mas naquilo que é interior.
É com tristeza que oiço certas conversas entre as pessoas onde se valoriza apenas o exterior, a aparência, a superficialidade…
Essa gente não entende o evangelho, não entende a mensagem de Jesus Cristo, apenas vive no vazio da sociedade materialista e consumista de aparências e superficialidades, como quem aprecia uma maçã apenas pela aparência, e não se preocupa se ela está sã ou apodrecida por dentro…
Quantas vezes uma peça de fruta parece tão bonita por fora, mas por dentro está verde, estragada e não presta.
Assim um cristão católico deve aprender a valorizar os valores e qualidades do seu interior e do interior dos outros.

(P. Zezinho, Se eu pudesse falar aos jovens, ed Paulistas)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A UM CASAL DE NAMORADOS QUE ESTÁ A PRECISAR DE MENTIR


(P. Zezinho, Se eu pudesse falar aos jovens, ed Paulistas)

Muitos jovens têm muitos namorados antes de casar.
Namoram, separam, namoram com outro(a), etc, muitas vezes…
Têm envolvimento sexual com (quase) todos.
Os pais não sabem… Iriam complicar, dar sermão, não entenderiam…
Os jovens não contam a verdade aos pais…
Dizem que se amam, que fazem tudo por amor, mas acham que os pais iriam recriminar.
Vivem como se estivessem casados, dizem que o importante não é o papel…
O importante é o amor…
Têm relações sexuais antes do casamento e acham que o amor que têm um pelo outro justifica tudo.
É tudo natural porque, dizem eles, que se amam muito…
Mas não querem casar…
Mas se se amam assim tanto, porque é que não casam, porque não se comprometem?!...
Há namorados que se envolvem por amor, mas há outros que o fazem por egoísmo, por imaturidade, infantilismo.
Muitos estão convencidos que se amam mutuamente e, por isso, entregaram-se totalmente um ao outro.
O que diz a doutrina cristã? Esse tipo de relacionamento, o cristianismo, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo, desaprova-o e Jesus Cristo não o tolerava.
Sexo antes do casamento, por mais livre e puro que pareça, contém uma boa dose de egoísmo e alguns riscos.
É bom que os namorados estejam preparados para isso. Há muitas consequências de um relacionamento entre namorados como se estivessem casados: gravidez, aborto, casamento apressado, namoro desfeito, desgosto de uma entrega fora de horas e à pessoa errada, falta de preparação para o futuro, falta de diálogo espiritual substituído pela ilusão do sexo.
Se, contudo, vós não conseguis mesmo esperar, deixai de mentir aos vossos pais.
Os pais têm o direito de saber o que se passa com os seus filhos e filhas. Eles têm sonhos, projectos, esperanças para os seus filhos e se se esconde algo aos pais é sinal de que esse amor não é tão puro, tão sincero, tão livre como vós, namorados dizeis…
Sexo também é questão de honestidade e quando os jovens escondem dos pais a situação em que se encontram podemos estar perante uma desonestidade, uma falsidade para com os pais…
Sei que esta linguagem não agrada a muitos filhos, nem a muitos pais, mas pouco me importa com isso.
Há coisas que se podem e devem falar na hora certa, ainda que isso vá contra a corrente, contra a onda da maioria.
Neste aspecto a doutrina da Igreja Católica vai contra a corrente, contra a maioria.
Mas em matéria de moral, a Igreja não segue a ideia da maioria.
A maioria pode estar errada e a Igreja católica não segue as estatísticas, as correntes sociais…
Procura seguir Jesus Cristo e ser fiel ao evangelho ainda que também ela cometa erros e tenha pecados…
Deus, Jesus Cristo e a Igreja Católica querem o melhor para os seus filhos, por isso, dizem NÃO a certas coisas que parecem boas, mas muitas vezes, não são. O que a Igreja Católica proclama não parece bom, mas é mesmo...
A Igreja Católica não ensina o que parece ser bom, mas o que é mesmo bom, o melhor... E no campo da sexualidade isso acontece mesmo...
(P. Zezinho, Se eu pudesse falar aos jovens, ed Paulistas)
P. Albano Nogueira

quinta-feira, 6 de maio de 2010

NAMORO CRISTÃO


(P. Zezinho, Se eu pudesse falar aos jovens, ed Paulistas)

Hoje os jovens começam a namorar muito cedo.
Alguns aos 13, 14 anos já começam aos beijos, aos abraços, a ter intimidade com pessoas do sexo oposto numa amizade cada vez mais profunda, indo, tantas vezes, longe demais por serem muito precoces.
A adolescência é o tempo da descoberta do amor, das emoções, das paixões, da atracção pelo sexo oposto.
Isso é normal.
O problema é quando os jovens se isolam num relacionamento a dois sem o devido acompanhamento pelos pais.
Muitas vezes o primeiro namoro não é a pessoa ideal, por isso, as devidas cautelas que os jovens deviam ter, mas não têm.
Tudo começa pela curiosidade, a ilusão, a fantasia, a ingenuidade, surpresa e chega-se tantas vezes à decepção por coisas que não se deviam fazer e se têm de esconder certas atitudes dos pais.
Os jovens vivem um tempo de sonho, de ilusão e entregam-se a quem não deviam e depois vem a realidade, a desilusão e, tantas vezes, a separação.
O primeiro amor leva os jovens a viver loucamente essa paixão, a fazer dessa pessoa o “tudo” da sua vida e tudo o resto se torna secundário, sonha-se com um(a) namorado(a), mas a realidade torna-se bem diferente e bem dura.
A vida vai ensinando aos jovens que namoram que amar nem sempre é ficar perdidamente louco por alguém, mas aprender a conviver inteligentemente com uma pessoa amada, mas com falhas, sujeita a mudança.
Os tempos antigos mudaram, mas as consequências são muito mais negativas do que positivas.
O importante no namoro, não são os momentos de intimidade que se trocam entre homem e mulher, mas os momentos de diálogo em que um valoriza o outro, ajuda o outro a aperfeiçoar-se, a conhecer-se melhor, a valorizar-se mais e a melhorar a sua forma de pensar, agir e ser.
O namoro devia ser para ajudar a tornar o outro melhor, cada um que se conhece, dá a conhecer ao outro e conhece o outro.
EM VERDADE…
Hoje sabemos que entre namorados HÁ MUITA MENTIRA, MUITOS SEGREDOS, muitas coisas que se fazem e que se escondem ao outro(a).
Um relacionamento rodeado de mentiras não vai dar certo no futuro…
O mal está em que tantas meninas e rapazes que ainda são adolescentes e já estão a assumir atitudes de gente adulta. Há um tempo para tudo…
Muitos dizem: QUE É QUE TEM? TODA A GENTE FAZ ISSO HOJE EM DIA…
Se é mal, ainda que toda a gente faça, mal é mal...
A vida costuma exigir indemnização do mau uso das suas potencialidades.
Há limites e os limites certos não são os que os jovens estabelecem.
O namoro cristão devia ser puro e inteligente, sério, responsável.
Nada se perde com o fazer bem as coisas e muito se perde ao fazer mal as coisas.
Antigamente havia muitas proibições, agora, nada é proibido, vale tudo…
O problema é que os jovens com este comportamento de libertinagem sexual, não são mais felizes. Podem ter mais prazer, mas são mais infelizes, têm mais desgostos, mais desilusões, mais fracassos nos seus relacionamentos, mais “bandalheira”, mais promiscuidade, mais vazio interior.