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terça-feira, 30 de março de 2010

3- AFECTIVIDADE -4



Que significa namorar numa linha mais tradicional?

Antigamente namorar era conhecer-se um ao outro, dialogar, abrir o coração e a alma, fazer projectos de vida, sonhar com o futuro, com os filhos, com o apoio na doença e na velhice, preparação para um compromisso público (casamento e matrimónio).
O namoro não começava muito cedo: 17, 18 anos, 20, conforme os casos e era visto como uma preparação próxima para o matrimónio.
O namoro não deve ser muito longo: 2 ou 3 anos...
Antigamente, o namoro era algo que se levava muito a sério.
Hoje, muitos jovens vivem o namoro para curtir, para se divertir, para tirar prazer do outro, de forma egoísta para receber, não para dar...
Já não falo dos tempos bastante recuados em que um rapaz que tivesse relações sexuais e engravidasse uma moça tinha de casar com ela…
Antigamente, havia mais seriedade no namoro…
Havia consciência que ambos estavam a planear um futuro a dois para toda a vida…
Hoje os jovens não querem sair da casa dos pais muito cedo porque não há conflito com os pais que deixam os filhos fazer quase tudo; aí têm o que comer, casa onde morar, têm dinheiro que os pais vão dando, ou eles vão ganhando, se trabalharem; têm um ou mais parceiros sexuais, gozam a vida sem compromissos, sem objectivos, sem planos para o futuro de casar, sem ter filhos porque isso implica muitas limitações, muitos sacrifícios, muitas renúncias…
Querem apenas as coisas boas da vida, os prazeres da vida, as doçuras da vida. Isso não é um amor sério, amadurecido, comprometido.
Muitos jovens de hoje, não têm projecto de vida, não planeiam a vida.
Não vivem… Vão vivendo, às vezes nos limites, nos excessos de droga, sexo, álcool, divertimentos, jogos, velocidades…
Com jovens assim, sem compromisso, sem seriedade, sem projecto de vida, que sociedade e que governantes teremos nós daqui a alguns anos?!...
Eu sei que nem todos os jovens são assim, mas há muitos que o são...
A educação dos jovens tem de ser feito em grande parte pelos pais, pela família...
A escola dá instrução, conhecimentos, mas tantas vezes não dá educação, não dá sabedoria de viver...
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QUANTO MAIS EXTERIORIDADE,
MENOS PESSOAS SOMOS
E MAIS OBJECTO (COISA) SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE,
MAIS PESSOA SOMOS.
(continua)
Padre Albano Nogueria

terça-feira, 23 de março de 2010

3- A AFECTIVIDADE - 3

A AFECTIVIDADE / SEXUALIDADE
albanosousanogueira@sapo.pt

Continuando a abordar o tema da afectividade como uma das “salas” ou andar que compõem o ser humano e continuando o tema publicado há dias, eu diria de forma rude, directa e algo grosseira que muitos jovens e menos jovens hoje “sabem ter relações sexuais”, ao nível instintivo, biológico, sabem usar o sexo, mas “não sabem fazer amor”; não sabem “sentir” o amor, a ternura, o carinho, a delicadeza, respeitar o outro, escutar o outro, cultivar o silêncio para ouvir, ter um amor comprometido, acolher e perceber o que se passa com o outro, a outra…
Hoje vive-se a ditadura do corpo, do prazer próprio, do relativismo, do egoísmo.
A afectividade (capacidade de amar e ser amado) é uma aprendizagem que se tem de fazer ao longo da vida e os pais têm de ser os primeiros mestres dos filhos a ensinar a amar pela palavra e pelo exemplo de amor entre eles.
Amar é dar e receber, melhor dizendo, dar-se e receber-se.
É abertura e acolhimento do outro.
Aceitação de si mesmo e aceitação do outro.
Amar é uma união entre dois seres sem confusão, sem anulação do outro.
Amar é diálogo: saber falar e saber ouvir.
Amar é acolher a diferença que há no outro, não querendo que ele seja igual a mim, mas igual a ele mesmo.
Amar é estar atento ao que o outro tem para nos dizer e desejar ouvi-lo.
Amar é esquecer-se de si mesmo(a) para pôr o outro em primeiro lugar.
Amar é uma dimensão espiritual e interior da pessoa humana, mas, infelizmente, tantos e tantos já não frequentam essa “sala” da sua casa, do seu interior, pois só ligam ao material, materialismo, consumismo, hedonismo (procura só do que dá prazer).
Todos estes “ismos” correm o risco de transformar a pessoa num “objecto” que usa, que se usa, que consome, que compra, que vende… e que se põe de lado, deita fora...
Esta é a pobreza afectiva e espiritual a que assistimos nos dias de hoje.
É este vazio que se nota em tantas conversas, nos diálogos, com os outros: banalidades, superficialidades.
Falta interioridade.
Hoje a ligação entre muitos homens e mulheres, entre rapazes e raparigas é mais uma ligação entre objectos do que entre pessoas.
E o pior é que muitas pessoas não se apercebem isso e embarcam nesta degradação da pessoa.
Quando dois jovens (rapaz, rapariga) sem amor, sem projecto de vida, sem perspectiva de futuro, sem compromisso se entregam sexualmente um ao outro, eles estão apenas a ser um “objecto de prazer sexual” um para outro.
São duas pessoas, mas rebaixadas ao nível de objectos, duas máquinas de prazer sexual que se usa e põe de parte quando já não interessa. Como quem usa umas meias, umas calças, uma camisola…
É o rebaixamento da pessoa e infelizmente tantos e tantas não se apercebem disso.
Andam um com o outro (a) como quem experimenta um carro, um instrumento musical, como quem experimenta um objecto…
Há uma visão cristã da vida, da família, da sociedade, da sexualidade, que infelizmente tantos católicos já não aceitam...
A consequência é o rebaixamento, a degradação da vida, das famílias, das pessoas, da sociedade, da sexualidade, etc...
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QUANTO MAIS EXTERIORIDADE,
MENOS PESSOAS SOMOS
E MAIS OBJECTO (COISA) SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE,
MAIS PESSOA SOMOS.

Pe. Albano Nogueira
(continua)

terça-feira, 16 de março de 2010

3- A AFECTIVIDADE - 2

http://deixadeusentrar.blogspot.com

Deus quer a nossa felicidade e até nos diz que “o meu jugo é suave e a minha carga é leve”.
Mas as pessoas não acreditam nestas palavras verdadeiras.
Preferem acreditar nas mentiras do mundo, da sociedade e nas vozes interiores egoístas que falam mais alto do que a Palavra de Deus.
A consequência é só olhar para a sociedade a nível sexual: luxúria, divórcios, infidelidades, adultérios, separação dos esposos, relações pré-matrimoniais, abortos, homossexualismo, prostituição, pedofilia, abusos sexuais, incesto, pornografia, violação, fornicação, uniões livres, permissividades de costumes.
Tudo isto assente numa ideia errada de liberdade humana.
Para ser correcta, a liberdade, precisa de ser educada pela lei moral.
Os jovens devem ser educados no respeito da verdade, das qualidades do coração e da dignidade moral e espiritual do Homem

A LIBERDADE DO HOMEM
Deus criou o homem racional, conferindo-lhe a dignidade de pessoa dotada de iniciativa e do domínio dos seus próprios actos. «Deus quis "deixar o homem entregue à sua própria decisão" (Sir 15, 14), de tal modo que procure por si mesmo o seu Criador e, aderindo livremente a Ele, chegue à total e beatífica perfeição»:
«O homem é racional e, por isso, semelhante a Deus, criado livre e senhor dos seus actos».
Liberdade e responsabilidade
A liberdade é o poder de agir ou não agir, de fazer isto ou aquilo, praticando assim, por si mesmo, acções deliberadas.
A liberdade é, no homem, uma força de crescimento e de maturação na verdade e na bondade. E atinge a sua perfeição quando está ordenada para Deus, nossa bem-aventurança.
Enquanto se não fixa definitivamente no seu bem último, que é Deus, a liberdade implica a possibilidade de escolher entre o bem e o mal, e portanto, de crescer na perfeição ou de falhar e pecar.
Torna-se fonte de louvor ou de censura, de mérito ou de demérito.
Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna.
Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça.
A opção pela desobediência e pelo mal é um abuso da liberdade e conduz à escravidão do pecado.
A liberdade torna o homem responsável pelos seus actos, na medida em que são voluntários.
O progresso na virtude, o conhecimento do bem e a ascese aumentam o domínio da vontade sobre os próprios actos.
A liberdade exercita-se nas relações entre seres humanos. Toda a pessoa humana, criada à imagem de Deus, tem o direito natural de ser reconhecida como ser livre e responsável.
Todos devem a todos este dever do respeito.
O direito ao exercício da liberdade é uma exigência inseparável da dignidade da pessoa humana, nomeadamente em matéria moral e religiosa. Este direito deve ser civilmente reconhecido e protegido dentro dos limites do bem comum e da ordem pública.
(Catecismo da Igreja Católica)
A liberdade cristã é um liberdade libertada, é libertação. A liberdade que a sociedade falta é uma liberdade escrava de vícios e dependências.
Todos temos que bater com a mão no peito e pedir perdão ao Senhor pelo mau uso que tantas vezes fazemos da nossa liberdade aprisionada pelos nossos caprichos, vaidades, egoísmos, sensualismos, concupiscência.

QUANTO MAIS EXTERIORIDADE, MENOS PESSOAS SOMOS
E MAIS OBJECTO (COISA) SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE, MAIS PESSOA SOMOS.

Pe. Albano Nogueira
(continua)

terça-feira, 9 de março de 2010

SAÚDE MENTAL DOS PORTUGUESES

albanosousanogueira@sapo.pt

A saúde física dos portugueses está melhor do que há alguns anos atrás.
A saúde mental está pior:
- MAIS SUICÍDIOS
- MAIS DEPRESSÕES
- MAIS CONSUMO DE REMÉDIOS (ANTIDEPRESSIVOS).
1- A fé em Deus, a prática e a cultura religiosa são preciosas ajudas para ultrapassar estas doenças.
2- A auto-estima= amor a si mesmo(a) também ajuda.
Aceitar-se como se é, o que se tem, o que se faz. Viver em paz com a vida.
3- Não valorizar as críticas negativas e destrutivas dos outros. O meu valor não depende das críticas que os outros me fazem; não depende do que eu tenho ou do que eu faço.
O meu valor depende do que eu sou...
Sou pessoa, sou Filho(a) de Deus.
Sou amado(a) profundamente por Deus Pai e isso é fonte de paz, de segurança, de bem estar psíquico e de felicidade.
Muita gente fica doente porque o seu EU IDEAL anda muito longe do seu EU REAL . É um, mas sonha que é outro e vive nessa ilusão de um EU IDEAL que não existe, a não ser na sua cabeça.
Como dizem os brasileiros: "Cai na real...".
Cai na realidade e vais ver que tudo muda.
Muita gente faz para si uma imagem muito idealizada, muito elevada. Vive num mundo de ilusão e fica doente por esse desfasamento.
Então, quando algo corre mal, quando é criticado, quando vem um desgosto, uma contrariedade, uma desilusão, uma doença, uma ruptura amorosa, uma morte, o seu mundo ideal desfaz-se, cai como um castelo e a pessoa fica debaixo de ruínas...
Aí pode suicidar-se, entrar em depressão, enfrascar-se de comprimidos antidepressivos que podem criar dependências e levar a pessoa a ficar escrava dos remédios...
Nós ficamos muitas vezes doentes e deprimidos(as) porque damos valor a coisas que não devíamos dar...
Ser inteligente e nada ligar a críticas, murmurações.
Encontrar em Deus, na fé, na oração, na religião, na amizade fraterna o apoio nas horas mais duras e difíceis...
P. Albano Nogueira

segunda-feira, 8 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

8 DE MARÇO

A mulher é uma figura muito importante na sociedade, na família e na Igreja Católica.
“Dai-me boas mães e dar-vos-ei um mundo melhor”.
Esta frase não é minha. Li-a em algum livro.
Penso que tem muita sabedoria e muita verdade.
Se as mães forem boas mães, o mundo será melhor porque isso é sinal que ela está a cumprir bem a sua missão de educadora, de esposa, de mãe.
O mundo seria melhor se as mães transmitissem mais valores aos filhos pela palavra e pelo exemplo.
Na sociedade ocidental, valores cristãos que dignificam a família, as pessoas, que dignificam a mulher.
Quando a mãe falha, quase sempre, toda a família falha…
Falha o marido, falha a esposa e falham os filhos…
Quando a mãe acerta e cumpre, isso leva a que outros acertem: acerta a mulher, pode ser que o marido acerte, pode ser que os filhos acertem também…
A mulher tem ganho valor na sociedade, sobretudo no aspecto profissional, mas tem perdido muito da sua dignidade quando entende mal o conceito de liberdade.
Família problemática leva a criar filhos problemáticos
Famílias destruídas, levam a filhos abandonados e candidatos a marginais e criminosos…
É com alguma tristeza que oiço muitas mulheres dizerem que “as mulheres hoje são piores que os homens.
Eu até tenho vergonha de ser mulher”, dizia-me uma senhora.
Antigamente, os homens é que iam atrás das mulheres para namorar e casar…
Agora há mulheres que fazem o mesmo papel, andam atrás de homens para namorar e, quem sabe, casar…
Mulheres casadas que não assumem os seus compromissos matrimoniais…
Que atraiçoam os seus maridos de ânimo leve…
Mulheres (jovens e menos jovens) que vão a uma discoteca, conhecem um homem apenas nessa noite (e se calhar nunca mais vão ver) e se deitam com ele tendo relações sexuais (às vezes até sem estarem protegidas)… Não sabem nem sequer o seu nome...
Isto revela bem a que ponto muitas mulheres se degradaram e se tornaram um objecto que se usa e deita fora…
Claro que os homens também são responsáveis por esta degradação…
Eu sei que os tempos mudaram, só que, a meu ver, mudaram para pior…
E quem se vai safando com esta mentalidade… São os homens…
Antigamente os jovens para terem sexo tinham de casar ou gastarem dinheiro em prostitutas…
Hoje, não precisam de casar… Têm tudo e de graça...
Hoje casa-se menos porque as pessoas só querem desfrutar do prazer (sexual), mas não querem os sacrifícios que implica casar…
Querem apenas o bom, o que agrada, o que dá prazer e recusam as exigências de um amor sério, honesto, comprometido numa vida a dois e depois a mais, com os filhos… Vivem com os pais (que são criados dos filhos...) e gozam com o(a) namorado(a), sem qualquer compromisso.
No meu ponto de vista (que é o da Igreja Católica, algo tradicional para muitos e não me importo de o reconhecer) quem mais tem ficado a perder são as mulheres… Porque, se eles têm sexo, para que vão casar? E se não se entendem, cada um vai à sua vida e acaba tudo…
Muitos juntam-se à experiência, sem se casar, como se experimenta um objecto, um carro, um aparelho…
O problema é que muitas mulheres ainda não perceberam que os homens não as querem para casar, mas apenas para sexo…
Se falam em casamento, muitos desaparecem e acabam o relacionamento.
Isto não é amor… Isto não é uma relação saudável.
Isto é egoísmo do homem, é usar e deitar fora… como se fosse uma chiclete… Ser objecto, tornar-se objecto…
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MULHER, SÊ O QUE ÉS: Imagem e Semelhança de Deus…
Reconhece a tua dignidade…
MULHER, não te deixes degradar a troco de uns momentos de prazer ou a troco de benefícios materiais…
O prazer não é pecado. O pecado é quando o prazer se desliga do amor e da dignidade humana, segundo a vontade de Deus.
Os bens materiais não são pecado. O pecado é quando a pessoa vende a sua dignidade por dinheiro…
MULHER, NÃO CONTRIBUAS PARA A DEGRADAÇÃO DA TUA PRÓPRIA IMAGEM, COMO QUEM ATIRA LAMA A SI MESMA...
Pe. Albano Nogueira

quarta-feira, 3 de março de 2010

A SEXUALIDADE HUMANA

3- AFECTIVIDADE -1

albanosousanogueira@sapo.pt

Outra dimensão importante da nossa vida é a dimensão afectiva.
Quando digo afecto digo o carinho, a ternura, a amizade, o amor (onde pode entrar ou não a sexualidade).
Hoje vive-se num pansexualismo, erotismo e pornografia desenfreada.
Em todas as situações se explora a sexualidade no que ela tem de mecânico (como uma máquina que se usa para ter prazer) e pouco no que ela tem de amor, de intimidade, de compromisso, de projecto de vida para o futuro.
Hoje, muitos jovens entregam-se uns aos outros apenas para ter sexo, prazer, sem amor, sem intimidade, sem compromisso, sem projecto de vida para o futuro.
Entregam-se a um(a), a outro(a) explorando apenas os instintos mais próprios de animais do que de seres humanos racionais, afectivos e dignos.
É o culto do hedonismo = procura obcecada do prazer pelo prazer…
Hoje sabe-se o que é o SEXO (genitalidade), mas não se sabe o que é a sexualidade, que é muito mais que órgãos genitais e que envolve e compromete toda a pessoa.
Hoje pede-se e fala-se de educação sexual nas escolas, mas o que a maioria entende e quer é relações sexuais sem compromissos, seguras, como um divertimento, como quem bebe uma bebida ou come uma sanduíche.
Sexo como uma brincadeira.
Sem dignidade, sem amor, sem profundidade.
Só exterioridade, sexo mecânico. Nada de interioridade, nada de amor, nem compromisso, nem seriedade, nem projecto de vida para o futuro…
É o que se passa a nível sexual nos tempos modernos.
Há uma visão redutora, materialista e consumista da sexualidade que transforma as pessoas em bestas, esvazia e degrada a pessoa e a torna um objecto de uso, de abuso e de deitar fora.
É o egoísmo desenfreado nas relações entre as pessoas…
Um inquérito feito na Inglaterra disse que a maioria das mulheres inglesas prefere perder o namorado a perder o telemóvel.
Isto revela que as relações humanas afectivas e íntimas entre namorados está ao nível de coisas, de objectos.
Cada pessoa é como uma coisa que se pode perder ou não e se compara com coisas.
Logo, cada um é um objecto para o outro, uma coisa que se usa, abusa e põe de parte quando não interessa e que há coisas mais valiosas que o amor a outra pessoa a quem se dá o que de melhor se tem: corpo, alma, sexualidade…
Quando se pensa e se age assim, não admira que o matrimónio tenha pouco valor para as pessoas… E cada se pessoa se torna descartável como quem usa uma coisa, um casaco, umas calças, uma saia, uma chiclete
Isto é a degradação máxima da pessoa.
Ela se degrada a si mesma. Se rebaixa e rebaixa os outros…
Triste sociedade que leva as pessoas a degradarem-se a si mesmas…
Em nome de uma falsa liberdade que é mais libertinagem, escravidão, dependências do que verdadeira liberdade libertada.
É preciso libertar a liberdade… Ser livre é obra de toda a vida…
Nem todos vivem assim, mas a degradação aumenta cada vez mais.
A sexualidade é bela, querida por Deus, mas deve estar unida ao amor, ao compromisso (casamento, matrimónio), a um projecto de vida a dois: homem e mulher.
Há uma visão cristã da sexualidade. Infelizmente cada vez a nossa sociedade segue menos a visão cristãs das coisas e das pessoas e a consequência é a degradação cada vez maior da pessoa e a sua desadaptação, amargura, vazio, decepção da vida, traições, desilusões e infelicidades.

QUANTO MAIS EXTERIORIDADE, MENOS PESSOAS SOMOS
E MAIS OBJECTO (COISA) SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE, MAIS PESSOA SOMOS.

(continua)

p. ALBANO NOGUEIRA