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Somos
pessoas que procuram a felicidade, de forma apaixonada e nunca saciada. Esta
inquietude é comum a todos. Quase parece que esta é a dimensão mais forte e
consistente da existência, o ponto de encontro e de convergência das diferenças.
E não pode ser senão assim: a nossa vida quotidiana é o lugar de onde brota a
sede de felicidade. Nasce com o primeiro sopro de vida e extingue-se com o
último. No caminho que percorremos entre o nascimento e a morte, somos todos
pessoas que procuram a felicidade.
Todos
podemos reconhecer-nos na necessidade de sermos felizes: mas,
Que felicidade
procuramos?
Como a procuramos?
Quais são os instrumentos que nos asseguram a
sua posse?
E os outros, que papel desempenham?
Alguns acusaram a tradição
cristã de se opor ao desejo de felicidade, achavam que se pagava um preço
excessivo para assegurar a felicidade, reprovando os modelos de renúncia, até
um pouco masoquistas.
Alguns até chegaram à conclusão de que é necessário
libertar o homem de Deus para lhe restituir o direito à felicidade.
Nada mais errado.
Sem a fé em Deus, sem religião, é muito mais difícil ser feliz.
Há muito menos alegria, menos esperança, menos fé, menos felicidade.
As
provocações desafiam-nos e ajudam-nos a pensar, fazendo-nos descobrir na raiz
da experiência cristã, a figura de Jesus, que nos ofereceu o rosto de um Deus
que ama a vida e a felicidade do homem.
Por outro lado, a crise na relação
entre vida e felicidade não diz respeito apenas a nós, cristãos.
Quem quer que
ame a vida e procure a felicidade duradoura para si e para os outros, não
conseguirá certamente contentar-se com propostas que ligam unicamente a
felicidade à posse, à conquista, ao poder, ao prazer, ao egoísmo pessoal ou de
grupo.