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sábado, 27 de agosto de 2011

SÓ DEUS BASTA...7

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Quanto mais pobres formos a nível espiritual, mais ficamos ansiosos e ressentidos com os outros se não recebermos agradecimento pelo que fizermos.
Quanto mais ricos espiritualmente formos, cheios de humildade e vivermos apoiados e cheios de Deus, menos ficamos desiludidos e ressentidos com os outros porque sabemos que tendo o amor de Deus, temos tudo.
Ele é fiel, infalível, não desilude e recompensa sempre.

Percebemos que Deus ocupa-se de nós porque nos ama.
O Pai do Céu, no seu imenso amor por nós, dá-nos sempre o melhor, mesmo que se trate de sofrimento, ou até de morte.

Na realidade, tudo o que sucede na nossa vida é um encontro com a presença amorosa de Deus.
Se aceitarmos a vontade de Deus, ela terá poder curativo em nós; será apoio e salvação para a alma, mesmo que não seja apoio e salvação para o corpo.

Muitas vezes a vontade de Deus é difícil de aceitar e nós porque somos fracos e pecadores, antes queremos o que nos agrada, ainda que seja falso como o ouro falso.

O nosso egoísmo é sôfrego deste tipo de alimento, de apoios humanos apesar de sabermos que ele nos envenena.

O nosso problema é que estamos cheios de orgulho, de exigências, esperando sempre que nos retribuam e nos amem, em lugar de contarmos mais com Deus.
E por causa dessas expectativas insatisfeitas, vivemos cheio de ressentimentos e amarguras.

Com humildade e fé deveríamos repetir: "Dou-te graças, Senhor Jesus, porque me amas como sou e me estreitas em Teus braços".

Santa Teresa do Menino Jesus (1 de Outubro) dizia que era uma graça não encontrar apoios humanos porque essa amargura nas amizades da terra levava-a a abrir-se mais para Deus, a colocar n' Ele a sua confiança e apoio.

2- As forças enganadoras do "Eu" humano
O pecado original feriu a natureza humana e introduziu na alma a tentação de ser como Deus, a querer ultrapassar sempre mais os seus limites.
Em vez de aspirar pelo poder de Deus, o homem esforça-se por encontrar apoio no seu próprio "Eu", quase sem precisar de Deus (orgulho, soberba).

O medo de muita gente frente ao futuro deve-se ao facto de não pôr a sua esperança em Deus; não acreditar que Ele cuidará de nós.
Cuida de nós através dos outros.

Muitas vezes Deus vai-nos purificando para pormos cada vez mais a confiança n'Ele.

Quanto maior for a nossa fé, mais poremos em Deus a nossa confiança. Para isso precisamos de fazer muitas vezes actos de fé, de esperança e de confiança e dizer como no evangelho: "Jesus, Filho de David, tem piedade de mim... Salva-me, Senhor... Senhor, salva-nos que perecemos. Bem vês, Senhor como eu Te sou infiel e contagio os outros com a minha tristeza e a minha forma de pensar totalmente humana. Senhor, peço-te que me salves, me purifiques".

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SEJA EVANGELIZADOR (A)

albanosousanogueira@sapo.pt
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SÓ DEUS BASTA...6


albanosousanogueira@sapo.pt


Quando os falsos apoios caem

O homem passa a vida a fabricar ilusões apoiando-se em coisas, em si mesmo, nos outros.
A fé diz-nos que só Deus é apoio certo e seguro.
Só quando passar por muitas purificações, destruir ilusões e lutar contra a tendência de procurar apoios humanos e materiais é que o coração humano se apoiará exclusivamente em Deus.

O objectivo da nossa vida é consentirmos que Cristo nos tome para Si e seja tudo pª nós.

O nosso amor às coisas materiais e às pessoas é comparado ao ouro falso.
O ouro falso é semelhante ao ouro verdadeiro, autêntico.
Assim o amor humano para com as coisas, pessoas e Deus pode ser falso ou autêntico.
 
1. O amor humano
Todos sabemos como é importante e necessário o amor humano. Amor dos esposos, dos pais, dos filhos, dos amigos.
Porém, também todos passamos por muitas ilusões e amarguras devido ao amor humano que, tantas vezes é comparado ao ouro falso: parece verdadeiro, mas não é.

Nós damos muita importância à aceitação e compreensão por parte dos outros.
Somos, muitas vezes, como as borboletas que voam em direcção à luz sem perceber que vão ser queimadas e mortas; nós voamos em direcção ao falso amor como mendigos.

O coração humano foi feito para dar e receber amor e precisa dele como a planta sem água, mas não se pode iludir a ponto de se afastar de Deus como se esse amor humano fosse tudo para ele e de nada mais precisasse.

Quando fazemos o bem esperamos ser retribuídos por isso.
Isto é legítimo, mas não é tudo, não podemos viver dependentes disso.
Quando ajudamos alguém ficamos sempre com a esperança de um dia sermos retribuídos por isso.
Esperamos isso da família, do marido, da esposa, dos filhos, dos amigos, dos colegas de trabalho.
Devemos habituar-nos a que muitas vezes não tenhamos retribuição pelo bem que fazemos.
E mais ainda: não somos nós mesmos quem ajuda os outros, mas sim Deus que ajuda os outros através de nós.

Cada um de nós é apenas um instrumento nas mãos do Criador: a Ele, pois, acima de tudo, é devida a gratidão humana.
Claro que devemos ser sempre agradecidos a quem foi bondoso para connosco ou nos prestou qualquer tipo de ajuda.
É importante e necessária a virtude da gratidão pelo bem que os outros nos fazem.
Mas quando formos nós a fazer o bem devemos perceber que a gratidão deve ser dirigia a Deus, pois a Ele é devida em primeiro lugar e só depois ao homem.

Se percebermos que a gratidão deve ser dada a Deus e não a nós, já não estaremos à espera do agradecimento das pessoas, nem nos queixaremos de ninguém por não sermos ajudados como esperávamos.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A VIOLÊNCIA E O RESPEITO POR SI MESMO


Dei-me há tempos a fazer a seguinte reflexão comigo mesmo:

Porque é que há tanta violência no mundo?
Refiro-me aos países ocidentais: Grécia, Espanha, Inglaterra, França (há alguns anos atrás) e em muitos outros sítios não tanto abordados pela comunicação social.

Penso que a violência, a destruição, o ódio que se vê nas imagens da TV não são por haver fome em quem pratica tais actos. Não destroem montras para roubar e matar a fome.

Pode haver muitas razões, mas, no meu ponto de vista, a razão mais profunda dos casos de violência contra as pessoas e seus bens têm a razão de ser na FALTA DE RESPEITO DESSAS PESSOAS (a maioria muito jovens) POR SI MESMAS.

Pode parecer estranho este meu raciocínio, mas eu passo a explicar.

Eu penso que quem faz essa violência contra os outros e destruindo os bens dos outros é porque não tem respeito por si mesmo. Ou nunca o tiveram, ou, então, já perderam o respeito por si mesmos.

A nossa sociedade (família, escola, sociedade e quem sabe algumas Igrejas cristãs) está a construir “pessoas de plástico”. O plástico tem pouca ou nenhuma consistência.
As gerações mais novas estão a crescer sem valores, sem consistência, sem uma estrutura forte na sua consciência, não distinguindo o que é bem do que é mal.

A fama, o sucesso, a popularidade, o lucro fácil, a facilidade, o comodismo, o relativismo, o consumismo, o que agrada, o que me convém e dá prazer (hedonismo) é o que conta.

Ora isto é o máximo de individualismo, egoísmo e comodismo.

Assim, os jovens estão a crescer numa grande libertinagem, sem terem de fazer esforço, sem regras, sem normas, sem moral, sem valores, sem assumirem responsabilidades.

Ora, a primeira regra, o primeiro valor é o RESPEITO POR SI MESMO (A).

Assim, se eu não tenho respeito por mim mesmo, também não terei pelos outros. Se não gosto de mim mesmo, também não gosto dos outros. Se não faço o bem para mim, também não farei o bem para os outros. Se faço o mal a mim mesmo, também farei o mal aos outros

Muitas crianças, adolescentes e jovens estão a ser mal orientados, mal educados, mal conduzidos pelos seus pais, pela sociedade e pela escola.

Tudo se facilita aos filhos e nada se pede ou exige e eles, pouco ou nada precisam de fazer, para terem quase tudo de “mão beijada”, mesmo sem o merecerem.

Assim, não precisam de estudar, não precisam de aprender, não precisam de ajudar os pais, não precisam de dar, mas só receber.

Isto leva a uma falta de respeito por si mesmo, pois, quem não se esforça, não cresce, não aprende, não sabe, não amadurece, não se torna responsável.
Não tem brio em si mesmo, não tem o bom orgulho em si mesmo de saber, de tirar boas notas, de fazer boa figura…

Assim, não se esforça por melhorar em nada.
Se não estuda, não sabe e fica ignorante, isso é falta de respeito por si mesmo (a).
É o desleixo, o desinteresse, a indiferença, falta de amor-próprio, falta de vontade firme em querer o que é melhor para si mesmo (a). E atrás desta vêm outras situações.

É a falta de respeito por si mesmo (a)

- No falar,
- No ouvir,
- No ver,
- No vestir,
- No comer,
- No beber,
- Nos divertimentos.
- Na sexualidade, etc.
- Na escola
Se um jovem tivesse respeito por si mesmo, não fazia certas coisas que o vão prejudicar.
Se um jovem gostasse de si mesmo, fazia o bem que lhe dá alegria, paz, felicidade, realização e rejeitava o mal, a violência que lhe traz infelicidade, desgostos, sofrimento, dor.

Se eu gosto de mim, eu respeito-me a mim mesmo e faço aquilo que é melhor para mim. Ora a violência não é o melhor para mim. Logo, se faço violência contra os outros e bens é porque não me respeito a mim mesmo, não gosto de mim mesmo e então até faço a violência que me prejudica.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim não falo palavras grosseiras, não ofendo os outros.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim não me ponho a ouvir e alimentar certas conversas negativas e más.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim não me ponho a ver tudo e mais alguma coisa que me pode rebaixar e degradar.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim não me visto de qualquer maneira, sem dignidade, sem distinguir os lugares e as circunstâncias.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim, não abuso da comida, nem da bebida, nem da sexualidade, nem do tabaco, nem de comprimidos.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim afasto-me de certos ambientes de divertimento que me podem prejudicar a saúde corporal, a saúde psicológica, mental e a saúde espiritual.

Se eu gosto de mim e tenho respeito por mim, não uso de violência contra os outros, nem contra os seus bens, pois isso vem a prejudicar-me e está profundamente errado.

Daqui a minha conclusão:

A VIOLÊNCIA A QUE ASSISTIMOS NO MUNDO OCIDENTAL, NA SUA VERDADE MAIS PROFUNDA, É SINAL DA FALTA DE RESPEITO POR SI MESMO DE QUEM FAZ VIOLÊNCIA CONTRA OS OUTROS.

O Homem é imagem e semelhança de Deus.
Se cada um pensasse nesta verdade tudo mudaria na sua vida.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

SÓ DEUS BASTA...5

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As pessoas como ídolos

- Se as coisas podem ser ídolos para nós também as pessoas o podem ser: marido para a esposa, filhos para os pais, a família, os amigos.
Amar o marido, a esposa, os filhos, os amigos, não é adorá-lo, prestando-lhe uma homenagem quase divina.
O amor não é isso.
Amar outra pessoa é ver Cristo nele ou nela: no seu rosto ver o rosto do Redentor, aceitando toda a verdade sobre a su ahumanidade.

Amar um filho não é fazer dele um ídolo, sujeitando-se a todas as vontade do filho; mas também não é impôr todas as vontades dos pais aos filhos...

Os pais que amam verdadeiramente os filhos devem ajudá-los a que eles acreditem que Deus os ama sempre e sem condições independentemente dos seus êxitos e fracassos para que ponham em Deus a sua confiança e n'Ele se apoiem.

Muitos pais querem que os filhos correspondam às suas expectativas (sejam aquilo que os pais querem que eles sejam) e criam, por vezes, filhos revoltados porque fizeram do seu filho um ídolo a quem veneram ou adoram.

O melhor que os pais podem fazer pelos filhos é ensiná-los a amar a Deus que nos ama com amor de Pai e de Mãe, um amor incondicional e conduzir os filhos no amor à vontade do Criador de tal modo que desperte neles o desejo que teve Jesus quando dizia: "o meu alimento é fazer a vontade do Pai que me enviou".

A educação cristã deveria ser levar os filhos a cumprir a vontade de Deus.

Se os pais soubessem educar nesse sentido, então os seus filhos seriam instrumentos de Deus na terra, instrumentos do bem, da paz, do amor, da justiça, da verdade.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

SÓ DEUS BASTA...4


O que nos faz falta

Como pessoas precisamos de muitas coisas: comer, roupa, casa, transporte, médicos, remédios, instrumentos de trabalho.
Deus quer que tenhamos o essencial.

Deus não nos quer a viver na miséria.
O problema é que vivemos numa sociedade de fartura, de consumo, de abundância e nunca estamos satisfeitos com o que temos e corremos o risco de viver só para o ter com ambições cada vez maiores.

O importante é saber que tudo passa e só Deus permanece, que precisamos de nos apoiar n'Ele, confiar, acreditar, esperar, amar a Deus como um alicerce, uma rocha firme e sabermos libertar-nos dos nosso ídolos: as coisas, as pessoas, nós mesmos.

Facilmente percebemos de que há muita coisa que temos, mas até nem precisamos, mas estamos agarrados a elas, como a criança invejosa que tem dezenas de carrinhos ou bonecas para brincar, mas se um amigo lhe pedir um, não empresta.
Logo se agarra a essa coisa como se isso fosse tudo para si.

Quando a Bíblia fala da pobreza como caminho de salvação, não se refere à miséria de quem nada tem, mas refere-se ao saber ter, saber usar, saber ser desprendido e livre em relação às coisas, o que nem sempre é fácil.
Quanto mais nos desprendermos das coisas, mais nos podemos apoiar em Deus, em Jesus Cristo.
Quanto mais perdermos para este mundo, mais ganhamos para Deus.

Sabemos que os bens materiais, o dinheiro, o nosso prestígio, o comodismo se podem tornar ídolos se se tornam mais importantes que os bens sobrenaturais, os bens espirituais.

Os pais, os educadores, os sacerdotes só podem educar bem os mais novos, segundo o evangelho, se eles souberem dar um valor relativo aos bens materiais sabendo que não somos donos de nada, mas administradores e que um dia iremos dar conta a Deus acerca da forma como usámos o nosso dinheiro.

O dinheiro não é para crescer no orgulho, na soberba, na auto-suficiência indiferentes à sorte dos outros e que devemos repartir o que temos.

Devemos ter sempre em conta que o objectivo final da vida é a santidade: a nossa santidade e a santidade dos outros (filhos, netos, parentes, conhecidos) e que o dinheiro nos pode ajudar a alcançar esse fim ou a dificultá-lo.

O importante é saber usar o dinheiro segundo a vontade de Deus dando-lhe o valor relativo que tem.


Seria bom cada um pôr-se em verdade diante do Senhor, falar com Ele e reconhecer a escravidão perante o dinheiro e, depois, agradecer ao Senhor os bens que temos e pedir-lhe que nos ajude a usar tudo isso como meio de se unir cada vez mais a Deus e aos outros.