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sábado, 13 de fevereiro de 2010

CARNAVAL

CARNAVAL – A CARA QUE SE ESCONDE, O CORPO QUE SE MOSTRA

O Carnaval é uma festa pagã e como tal, tem muito sucesso.
Tudo o que é tradição pagã é cada vez mais recordado, vivido e desenvolvido pelas pessoas.
É que o paganismo não tinha respeito pelo corpo, pela pessoa, por Deus.
O paganismo é uma crença em diversos deuses, tal como nos tempos do Império Grego e Império Romano.
Crença essa que levava, tantas vezes, a comportamentos que mais tarde foram rejeitados e condenados pelo cristianismo porque não conheciam a novidade trazida por Jesus Cristo que ensinava que o Homem é uma imagem e semelhança de Deus, com uma dignidade excepcional.
O paganismo era um sistema de crenças em deuses cheio de defeitos e pecados (à semelhança dos humanos) que permitiam todos os excessos humanos em todos os campos: excessos no comer, no beber, nos divertimentos, no campo sexual…
O Carnaval são 3 dias de excessos, orgias, escondidos atrás das máscaras. Esconde-se a cara, mas mostra-se o corpo, como se faz, sobretudo nos países quentes.
A festa do Carnaval não é uma festa típica do Brasil. Toda essa farra existe desde a Antiguidade e vem de muito longe.
O Carnaval originário tem início nos cultos agrários da Grécia, de 605 a 527 a.C. Com o surgimento da agricultura, os homens passaram a comemorar a fertilidade e produtividade do solo.
O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e, termina, quando a Igreja Católica adopta a festa em 590 d.C.
O primeiro foco de concentração carnavalesca se localizava no Egipto.
A festa era nada mais que dança e cantoria em volta de fogueiras.
Os foliões usavam máscaras e disfarces simbolizando a inexistência de classes sociais.
Depois, a tradição se espalhou por Grécia e Roma, entre o século VII a.C. e VI d.C. A separação da sociedade em classes fazia com que houvesse a necessidade de válvulas de escape.
É nessa época que sexo e bebidas se fazem presentes na festa.
Em seguida, o Carnaval chega em Veneza para, então, se espalhar pelo mundo. Diz-se que foi lá que a festa tomou as características actuais: máscaras, fantasias, carros alegóricos, desfiles...
O Carnaval Cristão passa a existir quando a Igreja Católica oficializa a festa, em 590 d.C. Antes, a instituição condenava a festa por seu carácter “pecaminoso”.
No entanto, as autoridades eclesiásticas da época se viram num beco sem saída.
Não era mais possível proibir o Carnaval.
Foi então que houve a imposição de cerimónias oficiais sérias para conter a libertinagem.
Mas esse tipo de festa batia de frente com a principal característica do Carnaval: o riso, a brincadeira...
É só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua. Em 1582, o Papa Gregório XIII transforma o Calendário Juliano em Gregoriano e estabelece as datas do Carnaval.
O motivo da mobilidade da data é não coincidir com a Páscoa Católica.
Carnaval: carne + vale, quer dizer que se ia entrar num tempo (a Quaresma) em que ia embora a carne, uma vez que era proibido comer carne durante a Quaresma.
Então comia-se em três dias muita carne (daqui Domingo gordo) para depois de fazer abstinência.
Brincar não faz mal. Faz até bem.
O problema é quando as pessoas jogam o Carnaval o tempo todo… Usando máscaras… Escondendo o bem (tendo vergonha do bem) e mostrando o mal (sem vergonha de fazer o mal) …

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QUANTO MAIS EXTERIORIDADE,
MENOS PESSOAS SOMOS E MAIS OBJECTO SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE, MAIS PESSOA SOMOS.
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p. Albano Nogueira

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