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sexta-feira, 9 de abril de 2010

3- AFECTIVIDADE (5)


albanosousanogueira@sapo.pt

O que significa para os jovens e menos jovens namorar hoje?
Hoje, alguns começam a namorar no começo da puberdade e da adolescência: 12, 13, 14 anos…
Chegam a namorar, às vezes com a mesma pessoa, 10 ou mais anos...
Isto é queimar etapas no crescimento do adolescente e ficar verde e imaturo…
As relações sexuais vêm pouco tempo depois…
Muitos jovens entregam-se ao outro de qualquer forma, sem pensar no que significa envolver-se sexualmente com outra pessoa…
No que isso significa psicologicamente e o quanto afecta a outra parte, sobretudo a mulher que é muito mais sensível e investe e arrisca muito mais do que o rapaz.
Ora começando tão cedo, corre-se o risco de acabar muito depressa, até porque não têm maturidade para aceitar crises, divergências, compromissos, etc...
Acaba-se um namoro e alguns e algumas no dia seguinte recomeçam a namorar com outro…
Namorar significa novamente envolver-se sexualmente com a outra parte e depois da primeira vez, tudo se torna fácil, relativo e vai-se com qualquer um (a) sem ter em conta a degradação a que a pessoa está a fazer de si mesma…
Vai para a cama com o primeiro namorado, com o segundo, e se se zangar com esse, vai com o terceiro, etc…
Até casar ou não casar mais e ser uma mulher desqualificada que só serve para sexo…
Há mulheres que correm o risco de não servirem para casar, mas só servirem para terem sexo com os “ditos” namorados…
Elas assim o querem…
Então, tornam-se objectos de prazer sexual, tornam-se coisas e degradam-se a si mesmas na ilusão de encontrar um homem com quem se juntem ou casem…
Os jovens têm os colegas de escola (conhecidos) e não têm amigos.
Além dos colegas da escola, só têm um(a) namorado(a).
Muitos nem irmãos têm…
Isso fecha logo o círculo dos relacionamentos, dos possíveis amigos e empobrece o adolescente e o jovem.
Hoje tudo é namorar.
Além dos colegas da escola, não há grupo de amigos onde se fala, se dialoga se cresce, se amadurece, se aprende a conhecer o outro sexo.
Hoje namorar é quase o mesmo de ter um parceiro sexual, para sexo e pouco mais e muitos nem se querem comprometer.
Se um fala de casar ao outro, espanta logo a caça e ele ou ela ameaça ir-se embora.
O que prova que este namoro não é sério, é brincadeira; é querer ter apenas um(a) parceiro(a) para gozar sexualmente, divertir-se, ter prazer egoísta e nada de sacrifício, nada de exigências, de vida a dois.
A mulher colaborou com a sua própria degradação e na ânsia de encontrar o amor, na maioria dos casos, o que encontrou foi apenas sexo, exterior, mecânico, sem amor.
E sexo sem amor degrada, rebaixa, humilha, desqualifica a pessoa, seja homem, seja mulher…
Hoje usa-se muito a “sala” do sexo, a dimensão sexual da pessoa desligada do amor e esquece-se que ela tem de estar ligada à dimensão do amor.
Sexo sem amor esvazia e degrada.
Sexo com amor sério e comprometido eleva, dignifica e realiza a pessoa.

QUANTO MAIS EXTERIORIDADE, MENOS PESSOAS SOMOS
E MAIS OBJECTO (COISA) SOMOS.
QUANTO MAIS INTERIORIDADE, MAIS PESSOA SOMOS.

Pe. Albano Nogueira
(continua)

1 comentário:

Anónimo disse...

sr. padre mais uma vez concordo consigo , eu ja amei e muito , mas a outra pessoa nao quiz compromissos e nem sabia o que era ser fiel e respeitar o outro ,fui continuando a espera que ele mudasse , não quiz e acabamos no ano em que iamos casar , depois destes anos todos ja la vao quase 5 , nao me votei a relacionar com ninguem , porque agora os homens so querem e saber de sexo.um abraço