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quarta-feira, 20 de abril de 2011

DEUS SOFRE E MORRE EM JESUS CRISTO?


 
A Igreja Católica celebra todos os anos a Páscoa de Jesus Cristo, isto é, a Sua passagem da morte para a vida.
Páscoa quer dizer “passagem”.
A natureza (no hemisfério norte) passa do inverno para a primavera e renova-se, fica mais linda, mais bonita.
Os pastores, antigamente, ofereciam a Deus um ritual para comemorar esta passagem.
Os hebreus no Egipto no tempo de Moisés (séc XII) instituíram uma refeição ritual de passagem da escravidão para a liberdade, do Egito para a Terra Prometida.
Jesus Cristo celebrou esta refeição pascal, mas deu-lhe um significado novo e instituiu a Eucaristia como antecipação da sua morte: o pão seria sinal do seu corpo entregue à morte na cruz e o vinho seria o sinal do seu sangue derramado na sexta-feira santa.
A Igreja Católica tem a sua Páscoa semanal e anual. Páscoa semanal é o Domingo em que recordamos cada semana o primeiro dia da semana em que Jesus Cristo apareceu vivo, ressuscitado a algumas pessoas.
A Páscoa anual é a Grande Festa da Páscoa em que recordamos toda a séria de acontecimentos da Paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo começando com o Domingo de Ramos, Última Ceia onde se dá a Instituição da Eucaristia e do sacerdócio (Quinta-feira Santa); Morte de Cristo (Sexta-feira Santa) e a Vigília pascal (Sábado à noite) onde já aclamamos Jesus vivo, vitorioso, vencedor da morte, do egoísmo, da inveja, do pecado pela ressurreição.
Cada cristão também devia fazer da vida uma constante passagem: deixar o pecado, o egoísmo, as atitudes de morte e passar para a graça, o altruísmo, as atitudes de vida, de paz, de harmonia com Deus, com os outros e até harmonia consigo mesmo.
A minha pergunta é esta: “poderemos afirmar que Deus sofreu e morreu em Jesus Cristo? Será que Deus sofre? Será que Deus pode morrer?”.
A minha resposta e a resposta dos teólogos é esta: “Sim. Em Jesus Cristo, Deus Filho sofreu, Deus Filho morreu”.
Quando falamos de Deus temos sempre de distinguir as 3 pessoas divinas. Não foi Deus Pai que sofreu (fisicamente), não foi Deus Pai que morreu.
Foi a segunda pessoa da Santíssima Trindade: Deus Filho: Jesus Cristo.
Mas talvez possamos imaginar Deus Pai a sofrer e muito (psiquicamente) ao ver o Seu Filho entregar-se à morte, ser tão espezinhado, ofendido, maltratado e não querer (?) ou não poder (?) intervir. Aceitou a opção do Seu Filho que se entregou voluntariamente à morte.
Deus tornou-se solidário, unido a nós na pessoa do Filho na dor, no sofrimento e na morte.
Por isso, Deus é tão próximo de nós que se identificou connosco em tudo, menos no pecado. Desta maneira Deus, na Pessoa do Filho, ilumina e dá sentido ao nosso sofrimento, à nossa dor, à nossa morte, pois ele passou pelo mesmo, como caminho, passagem para a salvação, a libertação neste mundo ou na vida depois da morte.


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