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DO SOFRIMENTO À PAZ
Os amados, amam. Só os
amados, amam.
Os amados não podem deixar
de amar.
Só os livres libertam e quem
é livre, liberta sempre.
Uma pessoa madura e estável,
torna os seus discípulos seres estáveis e amadurecidos.
O mesmo se passa com os pais
em relação aos filhos.
Um pedagogo inseguro e
inibido acaba por envolver os seus discípulos nessa insegurança.
Todos os que sofrem, fazem
sofrer os outros.
Os fracassados incomodam e
atiram pedras aos que triunfam e só se sentem felizes quando tudo fracassa à
sua volta, quando os outros fracassam.
Os semeadores de conflitos,
quer na família, quer no trabalho, são pessoas em conflito consigo mesmas.
Não aceitam os outros,
porque não se aceitam a si próprios. Semeiam ódio e divisões à sua volta porque
estão divididos e eles próprios se odeiam.
É uma ilusão tentar fazer
felizes os outros à nossa volta, se nós próprios não o somos. Cada um deve
começar por si mesmo a limpar a sua própria casa cheia de escombros e chamas
devoradoras.
Só na medida em que formos
felizes, tornaremos os outros felizes. Precisamos de nos reconciliar connosco
mesmos, aceitando-nos e amando-nos serenamente para podermos amar realmente o
próximo.
Amar o próximo como a nós
mesmos.
Isto não é egoísmo. Não se trata
de defender um hedonismo egocêntrico e fechado. Não é um fechar-se sozinho
preocupar-se apenas consigo mesmo, com a sua felicidade. Quem só pensa em si,
fecha-se e isso é um sinal de solidão estéril, vazio, tristeza, morte.
Egoísmo anda ligado com o vazio,
a morte.
A pessoa deve criar
condições para amar de verdade.
Só amará de verdade na medida em que ele seja
mesmo feliz. Ser feliz quer dizer, sofrer menos.
Na medida em que secam as
fontes do sofrimento, o coração começa a inundar-se de júbilo e liberdade.
Viver a vida em agonia, ou
em plenitude é a escolha de cada um.
(Texto de Frei Inácio Larranhaga)
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