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sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DIA DE TODOS OS SANTOS








Um de Novembro, dia de memória, dia de saudade, dia de esperança, dia de reflexão.
Donde venho? O meu PASSADO, as minhas raízes.
O que sou? O meu presente, a minha identidade – Tronco a que estou unido.
Para onde vou? O meu futuro relativo (este mundo) e futuro absoluto.
– Depois desta terra. São frutos que devo dar, para Deus colher.
Estas perguntas são importantes para o nosso desenvolvimento humano e cristão.

1- Donde venho? Onde está a minha origem? O meu Passado - As minhas raízes…
Quem me deu o ser, a vida. Meus pais e a eles, avós e a eles, bisavós… … Chegamos a um momento que algo tem um começo, mas falta saber qual a sua origem. Quem lhe deu o ser? Tudo o que existe é criatura, implica um criador. A ciência fala do começo de tudo por meio de uma grande explosão há quase 14 biliões de anos- Big Bang. Mas se nada existia, como é que explodiu? Nada tem em si a sua razão de ser. Tudo o que existe é criado por outro. A ciência diz-nos que algo explodiu, mas como é que o nada explode, se nada existia e se existia quem criou isso que explodiu? A ciência não sabe. Nós também não, mas se temos fé, a fé cristã diz-nos que no princípio, na origem de tudo está Deus.
Deus existe, tem o ser, a vida e dá a vida a todas as coisas. Deus é Criador.
Por isso donde vim eu?

Se tenho fé, vim de Deus que criou o universo e tudo o que existe.

Deus também me criou e continua a criar. A criação não é só algo do passado, mas é algo que continua pelo tempo fora (como criar um filho – demora 20, 30 anos…).

2- Quem sou eu? No presente, aqui e agora.

Numa perspectiva natural, biológica: o Homem é um animal racional.
É animal, nasce, cresce, tem sensibilidade, reproduz-se, trabalha, envelhece e morre.
Mas sou um animal racional que pensa, reflecte, que ama, que é criativo, cria coisas.

Na perspectiva biológica, natural, materialista eu sou apenas uma máquina que tem a sua constituição, a sua utilidade, a sua duração e que está destinada a morrer e a desaparecer.

Matéria, natural, racional – Define o homem por baixo. Sem uma dimensão espiritual e sobrenatural.

Como tal, devo sobreviver a qualquer custo, procurar o prazer, gozar a vida de todas as maneiras.

Não há moral, não há leis, não há regras, vale tudo: é o egoísmo desenfreado. É a lei do mais forte.
Numa perspectiva da fé cristã, o Homem é imagem e semelhança de Deus. Participa de muitas qualidades de Deus: bondade, beleza, poder, amor, inteligência, liberdade.
Uma definição por cima que diz que cada pessoa é uma criatura de Deus, um filho de Deus, digno, que se deve relacionar com Ele pela fé, pela confiança, pelo amor.
Isso implica viver dignamente e respeitar todas as pessoas como filhos e filhas de Deus.
Viver obedecendo aos 10 mandamentos e a viver a mensagem das Bem-aventuranças. Desejo viver, desejo ser feliz e um dia irei ter tudo isso a que agora aspiro, já vou tendo um pouco, mas ainda não na plenitude.
Este relacionamento com Deus, não é algo isolado, individualista, mas inserido numa comunidade: temos o povo de Deus no A.T. e temos a Igreja, o Novo povo de Deus do N.T. A minha fé tem de ser vivida em grupo, em sociedade, em comunidade onde eu tenho direitos e deveres.
Eu não posso querer ter apenas direitos, mas tenho também de cumprir os meus deveres.

Só quem cumpre os seus deveres tem autoridade a pedir e a exigir os seus direitos.

3- Para onde vou? Para onde vou no futuro absoluto?
A visão natural, materialista, biológica da pessoa humana diz que eu vou para um buraco escuro onde tudo acaba.

O homem nasceu para morrer.
A perspectiva cristã católica diz-nos que a pessoa morre para viver, para reviver, para renascer.

A morte não é o fim, mas é um reviver, um renascimento para uma vida nova completamente diferente. Tal como o grão, a semente lançada á terra, morre para dar uma v ida nova, assim acontece com a morte do cristão.

NÃO NASCEMOS PARA MORRER. MORREMOS, SIM, MAS PARA RENASCER, REVIVER.
A pessoa morre toda, mas não acaba. Morre toda para ressuscitar toda e não apenas o corpo.

Nós acreditamos que Aquele Deus é Criador, que ao criar gera Vida e gera Vida por Amor, nos criou no passado, nos sustenta no presente e nos chama a uma amizade com Ele no aqui e agora, tem para nos oferecer uma vida nova de plenitude onde não haverá mais lágrimas, nem dor, nem sofrimento, nem morte, mas a felicidade.
Quem tem fé e sobretudo a fé cristã alicerçada na morte e ressurreição de Jesus Cristo, acredita que a vida é uma caminhada para uma meta, um sentido: a meta não é o fim no cemitério, mas a plenitude de vida abundante e feliz no Céu onde já se encontra Deus, Nossa Senhora, os Anjos, os Santos. Todos os Santos.
Viver é caminhar para Deus.
Donde vim? Vim de Deus que é a minha origem e o meu Criador.
Quem sou eu? Sou pessoa humana, mas também um filho de Deus e irmão dos outros. Devo viver amando a Deus, meu Pai e amando os outros como irmãos.
Para onde vou? Vou para Deus que é a minha meta final, vida Feliz para sempre.
Com Deus tudo tem sentido, rumo, direcção: passado, presente, futuro.
Sem Deus, tudo tem pouco sentido. Agora cabe a cada um escolher. Sem Deus nem sei de onde vim, nem quem sou, nem para onde vou…
Dia de todos os Santos é dia de reflectir e de rezar agradecendo a Deus o dom da fé que os antepassados nos transmitiram e agradecer tudo o que eles fizeram por nós.



Pe. Albano Nogueira

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