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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

SÓ DEUS BASTA...6


albanosousanogueira@sapo.pt


Quando os falsos apoios caem

O homem passa a vida a fabricar ilusões apoiando-se em coisas, em si mesmo, nos outros.
A fé diz-nos que só Deus é apoio certo e seguro.
Só quando passar por muitas purificações, destruir ilusões e lutar contra a tendência de procurar apoios humanos e materiais é que o coração humano se apoiará exclusivamente em Deus.

O objectivo da nossa vida é consentirmos que Cristo nos tome para Si e seja tudo pª nós.

O nosso amor às coisas materiais e às pessoas é comparado ao ouro falso.
O ouro falso é semelhante ao ouro verdadeiro, autêntico.
Assim o amor humano para com as coisas, pessoas e Deus pode ser falso ou autêntico.
 
1. O amor humano
Todos sabemos como é importante e necessário o amor humano. Amor dos esposos, dos pais, dos filhos, dos amigos.
Porém, também todos passamos por muitas ilusões e amarguras devido ao amor humano que, tantas vezes é comparado ao ouro falso: parece verdadeiro, mas não é.

Nós damos muita importância à aceitação e compreensão por parte dos outros.
Somos, muitas vezes, como as borboletas que voam em direcção à luz sem perceber que vão ser queimadas e mortas; nós voamos em direcção ao falso amor como mendigos.

O coração humano foi feito para dar e receber amor e precisa dele como a planta sem água, mas não se pode iludir a ponto de se afastar de Deus como se esse amor humano fosse tudo para ele e de nada mais precisasse.

Quando fazemos o bem esperamos ser retribuídos por isso.
Isto é legítimo, mas não é tudo, não podemos viver dependentes disso.
Quando ajudamos alguém ficamos sempre com a esperança de um dia sermos retribuídos por isso.
Esperamos isso da família, do marido, da esposa, dos filhos, dos amigos, dos colegas de trabalho.
Devemos habituar-nos a que muitas vezes não tenhamos retribuição pelo bem que fazemos.
E mais ainda: não somos nós mesmos quem ajuda os outros, mas sim Deus que ajuda os outros através de nós.

Cada um de nós é apenas um instrumento nas mãos do Criador: a Ele, pois, acima de tudo, é devida a gratidão humana.
Claro que devemos ser sempre agradecidos a quem foi bondoso para connosco ou nos prestou qualquer tipo de ajuda.
É importante e necessária a virtude da gratidão pelo bem que os outros nos fazem.
Mas quando formos nós a fazer o bem devemos perceber que a gratidão deve ser dirigia a Deus, pois a Ele é devida em primeiro lugar e só depois ao homem.

Se percebermos que a gratidão deve ser dada a Deus e não a nós, já não estaremos à espera do agradecimento das pessoas, nem nos queixaremos de ninguém por não sermos ajudados como esperávamos.

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