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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O QUE É O PECADO?


http://operfumededeus.blogspot.com
 
O que é o pecado?
      Deixas cair um prato no chão e ele parte-se; vais ter de ir pedir desculpa à tua mãe. Será isso um pecado?
    É claro que não. Foi um descuido. Não o fizeste de propósito. E se, por estares furioso(a), agarrares num prato e o atirares ao chão? Será um pecado? É, antes de mais, uma má acção.
     Se compreenderes que agiste mal e pedires desculpa, não dirás «cometi um pecado», mas «portei-me mal».
A palavra «pecado» diz respeito à religião. Utilizamo-la quando tomamos consciência de que o mal que fazemos fere a nossa amizade com Deus.
O pecado, diz a Bíblia, é uma «ruptura da aliança». O crente sente por vezes muito bem que já não está em sintonia com Deus, que deixou de viver segundo a sua lei de amor.
Compreende então que chegou a altura de voltar para Ele. «Levantar-me-ei e irei ter com o meu pai», disse o filho pródigo da parábola enquanto guardava os porcos (Lucas 15, 18).
O pecado é precisamente um ato que cometes e que desfigura em ti a imagem de Deus.
Deixas de te parecer com Ele. Passa a haver uma distância entre ti e o Deus que te ama. E é quando compreendes que Ele te perdoa que percebes até que ponto esse pecado te afastou d’Ele.
Portanto, o pecado é a falta de amor a Deus, falta de amor aos outros e falta de amor a ti mesmo(a).
Só quem acredita em Deus é que pode ter (ou não) a noção de pecado como um afastamento em relação a Deus.
O pecado separa a pessoa de Deus (muito ou pouco), separa-a dos outros (muito ou pouco) e separa-te de ti mesmo, divide-te dentro de ti mesmo.
Por isso, é que há graus de pecados: leve ou venial, pecado grave e pecado mortal... Chama-se "mortal" porque mata, corta a relação da pessoa com Deus. Mas essa relação pode ser reatada pelo arrependimento, pelo sacramento da Confissão (penitência ou reconciliação), pela mudança de vida.

1 comentário:

Avó babada disse...

Boa tarde. Mais uma vez quero dar-lhe os parabéns pelos seus textos. Tenho por hábito lê-los e, talvez abusivamente, já transcrevi um ou outro no meu blogue pessoal, sempre com a devida identidade.
Este é mais um que me diz muito. O pecado. Sou do tempo em que na catequese falavam nas fogueiras do inferno. Fui catequista quase trinta anos e, sempre tentei explicar a noção de pecado com base no amor de Deus por nós. Tenho pena que naquela altura não tivesse esta explicação tão bonita, tão concreta, para poder ensinar aos catequizandos e para mim própria, porque sempre tive uma certa dificuldade em lidar com o pecado e com a reconciliação. Muito obrigada ( vou postar o seu texto, pode ser ? )
Maria Olivia