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terça-feira, 6 de novembro de 2012

A PALAVRA QUE LEVA AO SILÊNCIO

 
 
 
A PALAVRA QUE LEVA AO SILÊNCIO
(John Main, ed Pedra Angular, 2012)
 
PREFÁCIO
A beleza da vida cristã é a sua visão da unidade. Cristo veio trazer a unidade e a unificação das coisas e pessoas com O Pai. Somos chamados a ser UNIÃO. Só na união sabemos plenamente o que somos.
     A tarefa central da nossa vida, na visão cristã, é chegar à união, à comunhão dentro de nós, com a criação, com os outros e com Deus.
    Mas antes de fazermos união com o exterior (coisas e pessoas), temos de fazer a união dentro de nós, sermos um só ser, um todo unido.
    A experiência desta união só pode ser feita pelo amor e o amor estende-se, difunde-se, partilha-se para alargar o reino da sua própria comunhão.
    O grande apelo hoje a ser feito aos cristãos ocidentais é o apelo à oração, à oração profunda, à oração do coração e não apenas a oração da mente, ou da boca.
É a oração profunda que nos pode conduzir à unidade e à unificação interior, uma experiência que precisamos de fazer dentro do nosso coração.
Cristo será a paz entre nós, quando Cristo for, primeiro, a paz em nós, quando Cristo for tudo e estiver em todos.
A oração deve ser uma fé absoluta no poder de Cristo em nós como união em nós e união entre todos os seres humanos.
Como cristãos, homens e mulheres de oração, precisamos de abrir o nosso coração a este poder para encontrar a paz, primeiro em nós e, depois, a paz com os outros.
Os cristãos devem orar. Esta ideia é antiga e é fundamental na vida cristã. O que nos é pedido é uma oração, profunda que nos encaminhará para a experiência de união, longe das distrações superficiais.
A que nível oramos (superficial ou profundo? Como é que nos concentramos? Como é a nossa oração?
S. Paulo diz que “não sabemos como devemos rezar, mas o Espírito ora em nós”.
Jesus rezava na comunhão do Espírito Santo e numa união íntima e total com o Pai. O segredo é este Cristo em nós.
A nossa consciência deve estar unificada por Cristo e pelo Esp Santo na maravilha da nossa própria criação. Não nos centrarmos em nós mesmos, mas em Cristo e no Seu Espírito.

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