Se toda a gente rezasse a Deus, as guerras poderiam acabar?
Claro! Se toda a gente rezasse, quem é que iria fazer
a guerra?
Com efeito, é impossível rezar verdadeiramente a Deus e guerrear o
próximo ao mesmo tempo.
Jesus ensinou-nos a dizer a Deus:
«Venha a nós o vosso Reino». O Reino de Deus é a paz entre todos os homens.
Quando formos todos capazes de dizer sinceramente a Deus «Pai Nosso, venha a
nós o vosso Reino», deixará, portanto, de haver guerras.
Mas, infelizmente, as
nossas orações são, por vezes, muito interesseiras e, portanto, não são
verdadeiras orações. Dizemos «venha a nós o vosso Reino» e pensamos «que se
realizem os meus sonhos egoístas».
A religião cristã diz-nos
que há um só Deus e Pai para todos os homens. É a isso que se chama «monoteísmo». E é
impossível rezar a esse Deus para ganhar uma guerra. Isso seria pedir-Lhe que
tomasse partido a favor de um povo contra outro. Infelizmente, ao longo da
história, os homens quiseram usar Deus para justificar a guerra.
Na Segunda
Guerra Mundial, os soldados alemães tinham escrita no cinturão a expressão Gott mit us («Deus connosco»). Esse Deus
posto ao serviço das nossas batalhas não existe. É apenas um pretexto, que faz
contudo muitos estragos. É uma mentira que chega a todas as religiões e, de
cada vez que ela acontece, é a imagem de Deus que fica desfigurada.
Rezar é ter pensamentos de
amor por Deus e por todos os homens. São João escreveu numa carta aos cristãos
que «se alguém disser: “Eu amo a Deus”, mas odiar o seu irmão é mentiroso» (João 4, 20).
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