ANO DA FÉ
Deus está
morto, dizia um filósofo.
E alguém acrescentou.
Deus está morto, porque o pai,
na ordem natural está morto.
Normalmente,
sem as experiências naturais mais profundas da criança para com o pai,
verdadeiro ou substituto, é extremamente difícil uma experiência e verdadeira
imagem sobrenatural do Pai.
Porque vivemos num tempo sem pai (porque
os pais não cumprem os seus deveres), vivemos num tempo sem Deus.
O pai terreno,
natural, devia ser uma transparência do Pai. A paternidade terrena deve
transparecer a paternidade divina. A criança deve gravitar em volta do pai e
não apenas à volta da mãe.
Cada um devia
perguntar: na minha vida, como é que o meu pai se encontrou comigo? Que tenho
para lhe agradecer? Quanto fez ele por mim?
E se ele já
está na eternidade, lembro-me dele? Rezo por ele? Sinto-me agradecido por tudo
o que ele fez por mim: deu-me a vida, cuidou de mim pela saúde, pela formação,
pela dedicação, por tudo o que ele me fez?
Esta atitude
para com o pai da terra, pode ajudar-me a agradecer ao Pai do Céu, rezar a Deus
como Pai, falar com Deus como Pai. Sentir-se filho de Deus e relacionar-se com
ele na oração e sacramentos.
Importância do
pai na questão da autoridade. Paternidade como autoridade.
Há uma autoridade
interior e exterior. A autoridade exterior tem de partir da autoridade
interior.
O pai, juntamente com a mãe, é criador de vida, autor da vida.
Na educação tem de usar a pedagogia do amor. A autoridade interior do educador deve vir pelo poder do amor e não pelo amor do poder.
A autoridade
paterna recebe a sua força interior e o seu peso da força criadora do amor
paterno, da sabedoria paterna e do cuidado paterno.
Sem comentários:
Enviar um comentário