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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DEUS E O SOFRIMENTO

 
 
Se Deus é amor, como nos ensinaram, porque é que há sofrimento?
    Há perguntas para as quais é difícil encontrar uma resposta satisfatória.
    E esta é uma delas. Contudo, à luz do Evangelho, é possível por de parte as más explicações. Em primeiro lugar, o sofrimento não é um castigo de Deus. «[…] quem pecou, ele ou os seus pais?», perguntaram os Apóstolos a Jesus a propósito de um cego de nascença (João 9, 1). Jesus preferiu responder dizendo que o amor de Deus se manifestaria ao cego.
    Em segundo lugar, o sofrimento não é a prova de que o Mundo foi mal feito e Deus estragou a sua obra, porque a última palavra ainda não foi dita.
     Em terceiro lugar, Deus não quer o sofrimento, e é o primeiro a sofrer com isso; e, quando Se fez homem, não Se afastou dele: Jesus morreu numa cruz.
    Quando sofremos, Deus está, portanto, ao nosso lado.
Por isso, mais vale dizer que é provável que nunca venhamos a encontrar uma resposta satisfatória para esta pergunta que não seja a atitude seguinte: abrir o coração para consolar aqueles que sofrem e arregaçar as mangas para diminuir as causas do sofrimento. Não é isso o que todo o Evangelho diz que fez Jesus?
Uma coisa é certa, para o crente: quando ele luta contra o sofrimento, não luta contra Deus, mas com Ele. E uma das últimas páginas da Bíblia convida-nos à esperança: «Ele enxugará as lágrimas dos seus olhos; não haverá mais morte» (Apocalipse 21, 4).

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