17. Oiço falar da Trindade mas não encontrei essa palavra na Bíblia…
E procuraste bem, porque não está lá!
É um nome abstracto para falar de Deus.
Quando fazes o sinal da cruz - «Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» -, dizes, no fundo, a mesma coisa.
Quem é Deus?
É esta a grande pergunta de todas as religiões.
Já conheces a resposta cristã: Deus é amor.
Isto quer dizer que, na origem de tudo, há um amor que circula entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
E, se Deus nos criou, é para que participemos nessa imensa permuta.
Como? Amando-nos uns aos outros em Deus, e amando Deus que é a fonte de todo o amor e que nos amou em primeiro lugar. Houve um poeta que disse: «Quando amares, não digas “Deus está no meu coração”, e sim “eu estou no coração de Deus”» (Khalil Gibran).
Se Jesus, o Filho de Deus, veio à Terra, foi para nos falar do Pai e nos dizer que Ele é também nosso Pai, foi para nos dar o Espírito Santo, esse amor que abrasa tudo.
Arriscando fazer uma comparação, podemos dizer que o Pai é a fonte, o Filho é o rio e o Espírito Santo é o braço do estuário que verte a água no oceano do mundo.
«Um pouco complicado», dirás tu.
Pensa não nesta pergunta: pode-se ser amor sendo-se solidão? Pode-se ser alguém sozinho?
Deus não é solitário – é partilha, troca, diálogo, desde sempre e para sempre. Ele é Pai, Filho e Espírito Santo.
E, se quiseres compreender melhor isto, ama tu também.
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