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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

ALGUNS CONSELHOS DE SEGURANÇA

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Alguns conselhos que encontrei num folheto que partilho convosco.
Começo pelos conselhos dados às crianças.
Conselhos que os pais podem dar aos filhos e os catequistas às crianças e adolescentes da catequese.
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I- CRIANÇAS
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“Quem te avisa teu amigo é”.
1- SE ESTIVERES SOZINHO (A) EMCASA,
Nunca abras a porta a quem não conheces.
Portas e janelas devem estar sempre bem fechadas.
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2- QUANDO ATENDERES O TELEFONE,
Não dês o teu número ou qualquer outra informação a quem não conheças.
Nunca digas ao telefone que estás sozinho(a) em casa
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3- NÃO DIGAS, A QUEM NÃO CONHECES, QUE A TUA FAMÍLIA VAI DE FÉRIAS.
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4- SE TIVERES DE LEVAR DINHEIRO, LEVA SÓ O DINHEIRO QUE PRECISAS PARA AQUELE DIA.
Divide o dinheiro entre a mochila e os bolsos.
Não uses a carteira no bolso de trás das calças nem à vista.
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5- SE TIVERES TELEMOVEL, MP3, COMPUTADOR ou outros objectos de valor, não os andes a mostrar.
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6- QUANDO VIAJARES NOS TRANSPORTES PÚBLICOS INFORMA-TE SOBRE OS HORÁRIOS para não estares muito tempo à espera nas paragens.
Espera pelo transporte numa zona iluminada e com mais gente e, em autocarros com poucos passageiros, senta-te próximo ao motorista. Não viajes em carruagens vazias de metro ou de comboio, principalmente durante a noite.
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7- NUNCA ACEITES BOLEIA OU OFERTASS DE DESCONHECIDOS.
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8- QUANDO SAIRES DE CASA COM OS TEUS PAIS NUNCA TE AFASTES NEM OS PERCAS DE VISTA.
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9- NO COMPUTADOR, nunca dês o teu nome, morada ou número de telefone e nunca combines encontrar-te com pessoas que conheces pela Internet, respeita as regras de utilização da internet que os teus pais definiram. São eles que gostam de ti e querem o melhor para ti.
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10- SE FORES ASSALTADO(A) NÃO OFREÇAS RESISTÊNCIA. Faz o que eles mandarem. Dá-lhes o que eles te pedirem. O mais importante é não te magoares para depois pedires ajuda.
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11- AO PÉ DA TUA ESCOLA, há um carro da PSP ou GNR que diz: “Escola segura”. Pede-lhes o contacto e guarda-o para se um dia precisares de ajuda.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MISTÉRIO DE DEUS – 17

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Tenho fome, mas não de pão. Tenho sede, mas não de água
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A Santíssima Trindade.
A unidade de Deus não exclui em absoluto a distinção entre as Pessoas da divindade.
Já no AT deixa entrever esta distinção, ainda que de uma maneira velada, já que era sobretudo a unidade de Deus o que devia ser destacado frente ao politeísmo ambiental.
Existe a forma plural «Elohim» (Deus no plural).
A passagem acerca da Sabedoria (Pr. 8) apresenta-nos Deus como um ser pessoal, e não como uma abstracção.
O Espírito de Deus é igualmente mencionado com frequência no AT, e isso em palavras que implicam, por sua vez, a Sua existência própria e a sua unidade substancial com Deus.
Ao chegar ao NT achamos ali a doutrina da Trindade nitidamente formulada, embora não se empregue a palavra “Trindade”.
O NT é tão explícito como o AT ao afirmar a unidade de Deus.
A divindade do Filho e do Espírito Santo não contradiz em nada este facto.
Paulo opõe só Deus e Pai e o Único Senhor Jesus Cristo à multiplicidade das divindades e dos ídolos do paganismo.
Assim, no seio da essência divina única podem-se distinguir três Pessoas que recebem igualmente o nome de Deus, que no seio da Divindade mantêm umas relações a nível interpessoal.
O Filho é chamado Deus pelo apóstolo S. João, pelo Apóstolo S. Pedro, pelo Apóstolo Paulo, pelo autor da epístola aos Hebreus.
O texto mais contundente é aquele em que o próprio Jesus aceita que se Lhe chame assim (Jo. 20,28).
Quanto ao Espírito Santo, com base em Act 5,3-4 diz que mentir-Lhe a Ele é o mesmo que mentir a Deus.
Isso é devido a que se trata de Deus.
A Sua Personalidade fica também evidenciada porque tem vontade (Act 2,4); comunica-se (Act 9,8); conduz os seus (Gál 5,18); justifica (1Co 6,11); ensina (1Co 2,13); e dá testemunho (Rom 8,16).
As três Pessoas da Trindade são mencionadas juntas na fórmula baptismal (Mt. 28,19) e na bênção apostólica (2 Cor 13,13); também em 1 Cor 12,4 e em Ef 4,4-6, de maneira que fica implicada a sua distinção. Esta distinção fica mais possivelmente destacada ainda mais claramente, nas passagens em que as três Pessoas aparecem com funções distintas: Por exemplo, no baptismo de Jesus, o Pai dá testemunho do Filho, sobre quem desce o Espírito Santo (Mt 3,16- 17); na sua morte, o Filho oferece-se ao Pai pelo Espírito; no Pentecostes, o Pai envia o Espírito Santo em nome do Filho e o Filho envia -O de parte do Pai (Jo 14,26; 15:26).
Na nossa experiência da salvação, a distinção entre as Pessoas torna-se mais clara.
Somos salvos segundo a presciência de Deus Pai.
Foi o Filho quem se ofereceu em sacrifício para a redenção.
É o Espírito Santo quem aplica as bênçãos (1 Ped 1,2).
Mas esta distinção não está limitada à administração da salvação, mas no que existe desde toda a eternidade no seio da essência divina.
Textos que destacam a unidade entre as três Pessoas: a 1ª Epístola aos Tessalonicenses (livro mais antigo do NT), apresenta o Pai e o Filho de tal maneira unidos, que o verbo que denota a acção deles está no singular, o que é contrário a todas as leis da gramática grega como o é na gramática da língua portuguesa. «Que o próprio Deus, nosso Pai e nosso Senhor Jesus Cristo, dirija o nosso caminho» (1Ts. 3 11).
Jesus disse de uma maneira explícita: «Eu e o Pai somos um só» (Jo 10,30).
Por sua vez, o Espírito Santo está tão estreitamente unido ao Pai e ao Filho que pela Sua vinda ao coração do crente também o Pai e o Filho vêm morar nele (Jo 14,17- 23).
Isto é teologia- Estudo e conhecimento de Deus. Talvez um texto pesado, mas é
bom para a nossa formação.
Aproveitem e saboreiem este unidade que há em Deus e vivamos unidos uns aos outros...
O vosso amigo - Padre Albano Nogueira


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O SUCESSO DOS BRUXOS/AS- CURANDEIROS/AS

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Muita gente vai aos e às bruxas por tudo e por nada.
Curandeiros e bruxas têm muito sucesso e ganham muito dinheiro.
Isso revela muita ignorância a quem procura essas realidades, muita desorientação na vida, pouca reflexão, imaturidade, crendice, superstição popular, infantilismo, pouca fé no Deus de Jesus Cristo.
Mas eu pergunto-me: porque é que as “bruxas” e curandeiros têm tanto sucesso?
São muitas as razões. Eis algumas, no meu ponto de vista.
1- É um recurso fácil de procurar, embora por vezes muito caro e quanto mais caro, mais as pessoas acreditam…
Eu falo com as pessoas de graça, ajudo-as a ver quais os seus problemas e quais os caminhos a seguir por elas mesmas para elas se libertarem de certos males e elas não me procuram… E se procuram uma vez, não voltam mais.
2- Nas pessoas há pouca fé em Deus esclarecida e muita crendice popular e muita superstição em coisas irracionais e infantis, sem sentido.
3- É mais fácil às pessoas fazerem umas rezas, tomar umas coisas, ir a certos lugares, fazer uns defumadouros, do que examinar-se a si mesmo e perceber que a origem do mal não vem de fora, mas de dentro.
E é não por uma acção mágica que a vida deles vai mudar, mas por uma mudança interior de mentalidade, mudança no pensar e mudança nos sentimentos, procurando ter um bom coração, bons sentimentos e pôr de parte os maus sentimentos. Ter boas acções, ter boas companhias, bons colegas…
4- É mais fácil deitar culpas aos outros dizendo que me rogaram uma praga, fizeram um feitiço, deitaram um mau-olhado do que perceber que o mal está dentro de mim. Que se calhar a culpa é minha e eu é que tenho de mudar
5- A televisão e as revistas dão muita importância aos curandeiros, videntes, cartomantes, médiuns e divulgam muito essas realidades do “oculto” e algumas figuras públicas aparecem a dizer que acreditam muito nessas realidades (até se fazem filmes e novelas sobre esses temas). Isto influencia muito as pessoas com problemas psíquicos.
6- Esses curandeiros e afins dizem aquilo que as pessoas querem ouvir e não vão ao fundo das questões, seguem o caminho do mais fácil.
Meu caro amigo/amiga,
Não te iludas.
Não te deixes enganar.
Não vás à bruxa, nem aos curandeiros NUNCA.
NADA TENS A GANHAR AÍ E MUITO TENS A PERDER SE FORES A ESSES LUGARES.
Teu amigo Pe. Albano Nogueira

sábado, 19 de fevereiro de 2011

OS OUTROS QUE MUDEM




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Um dia perguntaram a um sábio da Grécia Antiga chamado Sócrates (470 a.C.-399 a.C.) qual era a coisa mais fácil de fazer e ele respondeu:
"A coisa mais fácil de fazer é dizer mal dos outros".
Depois perguntaram-lhe:
"Mestre, diga-nos também qual é a coisa mais difícil de fazer".
A esta pergunta o filósofo respondeu:
"A coisa mais difícil de fazer é conhecer-se a si mesmo”.
Por isso ficou famosa a frase em que Sócrates dizia:
“Homem, conhece-te a ti mesmo”.
E ainda esta frase: "Só sei que nada sei".
Há frases cheias de sabedoria para homens e mulheres de todos os tempos e sempre actuais. E estas são algumas delas.
Toda a gente fala de crise, que as coisas estão mal, há manifestações, convulsões sociais, revoltas, descontentamentos e todos dizem mal dos outros. A culpa é sempre dos outros, eles é que estão errados, eles é que têm de mudar.
Isto passa-se na sociedade, nas empresas, nas escolas, nos clubes, nas famílias, nas Igrejas, etc.
Poucos são aqueles que fazem o que diz a segunda frase do “Homem, conhece-te a ti mesmo” e descobre que tu também tens culpas, tu também tens de mudar, a culpa não é só dos outros.
Quando eu mudar e for bom, o mundo à minha volta será melhor e se eu espalhar bondade, amizade, mansidão, doçura à minha volta, eu vou colher isso dos outros. E o mundo vai ficar melhor.
O problema é esta falta de coragem para cada um se examinar a si mesmo e perceber que a culpa não é só dos outros, mas que a culpa também é sua…
A sociedade, as empresas, as escolas, as famílias, as Igrejas estão em crise e desorientadas por culpa de todos e não apenas por culpa dos seus chefes.
Nunva ouvi uma pessoa dizer em particular ou na TV o seguinte:
“A culpa é minha porque gastei mais do que tinha e comprei o que não precisava e me endividei…
Em vez de poupar, gastei, esbanjei…
"A culpa é minha porque quando trabalhava não produzi tudo o que podia, mas ganhava sempre o mesmo, mesmo que produzisse pouco…".
"A culpa é minha porque não aceitei certos trabalhos e prefiro estar no desemprego…".
"A culpa é minha porque escolhi um curso que não tinha saída…".
"A culpa é minha porque quando fui estudar para a faculdade já sabia que pessoas com o meu curso não tinham emprego, mas mesmo assim quis tirar esse curso…".
"A culpa é minha porque votei neste partido…".
"A culpa é minha porque me acomodei e instalei em vez de me esforçar por progredir e procurar outras saídas…” .
Etc, Etc, Etc...
Enfim, faço esta reflexão porque vejo as pessoas muito preocupadas por reivindicarem os seus “direitos” e nada preocupada em cumprir os seus “deveres”.
Penso que A GRANDEZA DE UMA PESSOA não está tanto em REIVINDICAR OS SEUS DIREITOS, mas em CUMPRIR OS SEUS DEVERES…
A crise não vai passar enquanto for esta a mentalidade das pessoas:
REIVINDICAM OS SEUS DIREITOS, mas NÃO CUMPREM OS SEUS DEVERES…

É isto que eu penso. Desejo-te um bom dia.
Pe. Albano Nogueira

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A ARTE DE NÃO ADOECER




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Se não quiser adoecer…
… Fale dos seus sentimentos.
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Emoções e sentimentos que são escondidos, reprimidos, acabam em doenças como: gastrite, úlcera, dores lombares, dor na coluna.

Com o tempo a repressão dos sentimentos degenera até em cancro. Então vamos desabafar, confidenciar, partilhar a nossa intimidade, nossos “segredos”, nossos erros… O diálogo, a fala, a palavra, é um poderoso remédio e excelente terapia!
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Se não quiser adoecer…
… Tome decisões.
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A pessoa indecisa permanece na dúvida, na ansiedade, na angústia. A indecisão acumula problemas, preocupações, agressões. A história humana é feita de decisões. Para decidir é preciso saber renunciar, saber perder vantagem e valores para ganhar outros. As pessoas indecisas são vítimas de doenças nervosas, gástricas e problemas de pele.
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Se não quiser adoecer…
… Busque soluções.
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Pessoas negativas não enxergam soluções e aumentam os problemas. Preferem a lamentação, a murmuração, o pessimismo. Melhor é acender o fósforo que lamentar a escuridão. Pequena é a abelha, mas produz o que de mais doce existe. Somos o que pensamos. O pensamento negativo gera energia negativa que se transforma em doenças.
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Se não quiser adoecer…
… Não viva de aparências.
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Quem esconde a realidade finge, faz pose, quer sempre dar a impressão que está bem, quer mostrar-se perfeito, bonzinho etc… está acumular toneladas de peso… uma estátua de bronze, mas com pés de barro. Nada pior para a saúde que viver de aparências e fachadas. São pessoas com muito verniz e pouca raiz. Seu destino é a farmácia, o hospital, a dor.
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Se não quiser adoecer…
… Aceite-se.
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A rejeição de si próprio, a ausência de auto-estima, faz com que sejamos algozes de nós mesmos. Ser eu mesmo é o núcleo de uma vida saudável. Os que não se aceitam são invejosos, ciumentos, imitadores, competitivos, destruidores. Aceitar-se, aceitar ser aceito, aceitar as críticas, é sabedoria, bom senso e terapia.
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Se não quiser adoecer…
… Confie.
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Quem não confia, não se comunica, não se abre, não se relaciona, não cria ligações profundas, não sabe fazer amizades verdadeiras.

Sem confiança, não há relacionamento.

A desconfiança é falta de fé em si, nos outros e em Deus.
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Se não quiser adoecer…
… Não viva sempre triste.
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O bom humor, a risada, o lazer, a alegria, recuperam a saúde e trazem vida longa. A pessoa alegre tem o dom de alegrar o ambiente em que vive. “O bom humor nos salva das mãos do doutor.” Alegria é saúde e terapia!



Meu amigo e irmão procura seguir este caminho e a tua vida será muito mais feliz

Pe. Albano Nogueira

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O DEUS DOS “MÍNIMOS” OU DOS “MÁXIMOS”?


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A fé em Deus é uma questão de amor, de esperança, de confiança.
Não há provas absolutas para provar a existência de Deus.
Há muitas razões, muitos sinais, muitos caminhos para se chegar à fé em Deus.
Mas há sempre a possibilidade da dúvida e da negação de Deus...
Quem acredita em Deus, ama a Deus, espera em Deus, confia em Deus.
Assim, a temperatura da fé mede-se pela temperatura do amor.
Ou seja quem tem uma fé grande, forte, firme, tem um amor grande e lembra-se muito de Deus que se torna um grande amor.
Quando a fé é pequena, o amor é pequeno e a pessoa vive uma fé em Deus dos mínimos.
Faz o menos que pode, limita-se ao mínimo.
É como quando duas pessoas se amam pouco: poucas vezes se falam, poucas vezes se comunicam, poucas vezes se encontram.
Quem ama muito, encontra-se muito, fala muito, comunica muito.
É a fé em Deus dos máximos.
Infelizmente, muitos cristãos católicos vivem a fé em Deus ao nível mínimo: ir à missa ao Domingo (o mínimo possível); confessar-se o mínimo, comungar o mínimo, rezar o mínimo, a não ser que venha uma doença, uma contrariedade, uma desgraça, uma morte…
Então aí a fé aumenta… Por interesse...
Quando se ama muito a Deus, faz-se muito mais que o mínimo.
Faz-se o máximo de oração, de sacramentos, de vida cristã.
Pensa-se muito em Deus, Ele anda constantemente no nosso pensamento como um amado pensa na sua amada.
Se Deus se torna o nosso amor, pensamos muito n’Ele.
O mínimo ou o máximo também se revela na vida de cada dia: cumprindo o mínimo da lei de Deus ou o máximo, sendo perfeito o mais possível, santo o mais possível, bom o mais possível.
Deus, ou se ama com entusiasmo, com intensidade, com amor e paixão e, desta forma ilumina e dá sentido à vida, ou então é um amor menor, insignificante que depressa se esquece e que não dá gosto nenhum na vida.
Amar o Deus dos mínimos não enche o coração humano, não dá aquela paz profunda e aquela felicidade pela qual suspira o coração e a alma humana.
O nosso Deus é o Deus dos máximos: máxima beleza, máxima bondade, máxima doçura, máximo perdão, máxima paciência, máximo amor, máxima misericórdia. Máxima verdade.
Máxima virtude, máxima santidade. Máxima felicidade.
O Homem é chamado a imitar este Deus dos máximos e a “ser o mais possível” em bondade, amor, doçura, perdão, beleza, paciência, virtude, paz, felicidade…
A ti meu irmão que me lês, aceita o meu desafio: procura perceber que a fé em Deus não pode ser vivida por medo, por interesse, por rotina, por tradição, por obrigação.
A fé em Deus tem de ser vivida como uma necessidade que vem de dentro de nós mesmos e me faz abrir a alma e o coração ao Deus da Vida, da Paz e do Amor.
A fé em Deus tem de ser uma questão de amor a quem tanto me ama.
Eu sinto-me amado imensamente por Deus e amo esse Deus em palavras e obras religiosas e no dia-a-dia numa vida cristã imitando o Divino Mestre- Jesus Cristo.

Pe. Albano Nogueira

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A TEOLOGIA COMO REVERSO DA HISTÓRIA


albanosousanogueira@sapo.pt
http://operfumededeus.blogspot.com
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A história pode ser vista e contada do ponto de vista dos vencedores, do homem adulto, emancipado.
Mas há outro ponto de vista da história: o ponto de vista dos oprimidos, dos pobres, dos explorados.
Há uma história entendida como progresso, que marginaliza e despreza a história dos vencidos; mas há o reverso da história que faz memória e recorda os oprimidos, esquecida e não escrita tantas vezes, do seu presente de dor, de luta, de esperança, de sonho do seu futuro.
O sujeito desta outra história é o outro, o conjunto das não-pessoas, as classes exploradas, oprimidas, marginalizadas, desprezadas.
A Deus, em primeiro lugar, O contemplamos, ao mesmo tempo que pomos em prática a Sua vontade, seu Reino.
Somente depois se pensa nele.
O mistério de Deus vive na contemplação e vive na prática do seu desígnio sobre a história humana.
O momento inicial é o silêncio.
A etapa seguinte é o falar.
A teologia deve procurar a libertação das não-pessoas e ser o reverso da história, por meio da caridade como centro da vida cristã, que leva a ver a fé bíblia como um acto, uma saída de si mesmo, como um compromisso com Deus e com os ouros (próximo) …
Ter uma postura nova diante da vida.
Depois vem a espiritualidade que é uma espécie de síntese entre a contemplação e a acção e leva a descobrir o valor religioso e o profano e ao aprofundamento do agir cristão no mundo.
A vida da Igreja devia ser uma reflexão crítica da fé como um serviço concreto à comunidade e ao mundo.
Teologia dos sinais dos tempos tem a reflexão intelectual e uma exigência de acção pastoral, de compromisso, de serviço aos demais.
Sentido profundo da presença e da acção de Deus em todos os aspectos da vida.
A atenção à humanidade de Jesus, especialmente aos seus aspectos de debilidade e de sofrimento (presépio, paixão, cruz), de onde deriva um sentido cristão da dor, das privações e da morte.
O Filho de Deus desfigurado (Jesus Cristo) continua desfigurado em todos os filhos de Deus que sofrem, os pobres, os miseráveis, os não-pessoas.
O que dificulta falar de Deus a essas pessoas.
Como falar de um Deus que se revela como Amor, num ambiente marcado pela pobreza, pela opressão, pela miséria, pelo ódio, pela violência?
Como falar de um Deus que é Vida num ambiente de morte injusta e prematura?
Como reconhecer o dom gratuito do Seu amor e da sua justiça perante o sofrimento do inocente?
Como falar a pessoas que não são consideradas pessoas e dizer-lhes que são filhos e filhas de Deus?
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Bruno Forte, teólogo italiano
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Estas perguntas devem levar-nos a reflectir e saber que Deus conta connosco para ajudar os outros a sentirem-se pessoas amadas por Deus a partir do amor que lhes dedicamos...


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A UNIDADE DE DEUS


Desde o princípio, o Deus bíblico aparece como único.
Javé é único e os falsos deuses não existem.
Javé é o Deus de Israel a partir de Abraão e sobretudo com Moisés com o qual renova no Monte Sinai a aliança feita com Abraão.
Dá-se um vínculo entre Deus e um Povo e não tem nada de comum com as limitações que imaginavam os pagãos.
Javé é o Deus dos israelitas por Sua eleição.
A iniciativa é de Deus.
Em Sua soberania quis revelar-se a eles.
Concluiu uma aliança com eles, e os escolheu para que fossem suas testemunhas.
Isto não significa que a Sua autoridade ficasse confiada aos que faziam parte de esta nação.
Ele é o Senhor de todas as nações.
No seio do povo de Israel houve alguns que atribuíam uma certa realidade aos falsos deuses até ao ponto de lhe prestar culto.
Até dentro da Igreja primitiva os havia que não estavam convencidos da vaidade (vazio, ilusão) dos ídolos.
Desde a primeira linha do Génesis, Deus é um só, Criador de todo o universo.
Os Dez Mandamentos começam com a exclusão de toda falsa divindade.
A confissão de fé de Israel encontra-se em Dt 6,4: “O Senhor é Nosso Deus, o Senhor é Único”. Fora dele não há outro deus.
É a doutrina do monoteísmo: a crença num só Deus.
Esta crença é relativamente recente: a partir de Abraão (séc XIX antes de Cristo), mas a humanidade já tem muitos séculos de existência.
Até Abraão os povos são quase todos politeístas, isto é, adoravam muitos deuses.
O Povo de Israel é primeiro povo monoteísta que reconhece e adora um só Deus.