11. O que é uma seita?
Já houve quem previsse o fim da religião.
Ora, o que acontece é que a vemos cada vez mais por todo o lado. Antigamente, explicou um sociólogo, a religião estava dentro de uma garrafa, que era a Igreja.
Hoje em dia, essa garrafa partiu-se e a religião espalhou-se por todo o lado.
Na verdade, assistimos à multiplicação de pequenos grupos, cada qual com as suas fórmulas religiosas e os seus gurus.
Esses grupos são perigosos?
Não necessariamente, mas às vezes são.
Por isso, temos de ser prudentes.
É frequente as pessoas entrarem numa seita de olhos fechados, confiando absolutamente naqueles que as convidaram a fazê-lo e, depois de estarem lá dentro, a seita faz tudo para que elas não voltem a abrir os olhos.
Há quem diga que essas seitas perigosas são como prisões sem grades; com efeito, é dentro de si mesmo que o adepto se sente condicionado a permanecer na seita e, infelizmente, também a deixar-se explorar.
Mas atenção: a própria palavra «seita» também é perigosa. Muitas vezes, aplicamo-la àquilo que não compreendemos, a quem pensa d maneira diferente da nossa ou a quem investe a sério na vida religiosa.
Por vezes, é preciso explicar aos jovens que os monges não fazem parte de uma seita!
Uma última coisa: há seitas, mas também há atitudes sectárias.
E delas ninguém está livre – nem as religiões, nem os crentes, nem os não-crentes.
A intolerância é um veneno para a sociedade e uma tentação para cada um de nós.
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